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Mostrando postagens de março, 2015

Negros: quem são e onde estão

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A partir da esquerda: ministra Nilma Gomes, deputada Erika Kokay, Renato Simões, Kota Mulangi, Vera Lucia Santana Por Rosane Garcia O sistema de cota étnico-racial adotado, inicialmente, para acesso às universidades federais, ganhou amplitude e incorporou o viés socioeconômico. Influiu no Censo 2010 e, há pouco tempo, tornou-se válido para os concursos públicos. Os maiores beneficiários são os negros e os índios e, agora, os grupos com menor renda. Os afrodescendentes compõem a maioria da população brasileira. Assim, a luta dos negros, hoje, vai além da erradicação do racismo, do preconceito ou da intolerância nas mais diferentes expressões. Eles buscam o resgate da própria história e da territorialidade. A resposta positiva seria reparadora ao crime de lesa-humanidade ― a escravidão ― do qual foram vítimas. O governo federal está aberto à discussão do tema. No último dia 23, por meio da ministra Nilma Lino Gomes, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade R

Parabéns, Ceilândia!

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No fim dos anos 1970, os Caminheiros de Santo Antônio de Pádua chegaram a Ceilândia. A cidade foi criada a partir da reunião das muitas favelas que surgiram no Distrito Federal após a inauguração de Brasília, a nova capital do país. A maioria abrigava operários da construção civil que derramaram muito suor a fim de tornar real a arquitetura-arte de Oscar Niemeyer e dar vida aos traçados do urbanista Lucio Costa. Vindos de todos os cantos do país, homens e mulheres trabalharam pesado nas obras da capital da esperança. Concluída a principal tarefa, eles não conseguiram retornar, por contingências do destino ou porque decidiram ficar e apostar na possibilidade de alcançar vida melhor. Em meio à comunidade ceilandense repleta de histórias, foi edificada a sede definitiva dos Caminheiros, no Setor O.. Hoje, quase 40 anos depois, o Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua compartilha da alegria da cidade amiga e acolhedora.  Os caminheiros desejam ao todos os ir

Câmara instala Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana

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Clique na imagem para ampliá-la A Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana, sob a coordenação da deputada Érika Kokay (PT-DF), será instalada nesta terça-feira (24/3), às 10h30, no auditório Freitas Nobre da Câmara dos Deputados. Trata-se de colegiado suprapartidário, que busca a integração entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.  O intuito é somar os esforços das forças comprometidas com o enfrentamento do racismo e a reparação das perdas permanentes impostas aos povos tradicionais de matriz africana. Não podemos esquecer que a escravidão imposta aos africanos  foi classificada como crime de lesa humanidade pela Organização das Nações Unidas. Garantir a representação dentro do parlamento é importante para os povos tradicionais de matriz africana e para as comunidades de terreiro. Hoje, o povo negro enfrenta a violência do racismo e da intolerância religiosa. O projeto de político dos fundamentalistas tem respaldo nos setores mais retr

Ascap fará oficina de pintura em tecido

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Que tal você incrementar a própria camiseta? Ou, quem sabe, produzir o presente para uma pessoa querida ou ganhar um dinheirinho extra? A Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap) promoverá, das 14h às 17h, no próximo dia 25, a Oficina de pintural em estêncil aplicado em camisetas. Em apenas três horas você poderá aprender a técnica de pintura em que a tinta é aplicada em áreas vazadas de um molde, que dá forma ao desenho que se deseja estampar. A artesã Suzete explica que os moldes podem ser feitos de diversos materiais, entre eles, o acetato (folha de transparência ou folhas de raios X (as velhas radiografias). “O molde é durável, pode ser lavado e usado por muito tempo, se bem conservado”, explica Suzete. Na oficina, serão utilizados folha de acetato, camiseta branca de algodão, estilete, espuma ou rolinho para pintura, tinta para tecido (uma cor, de preferência preta), fita crepe ou durex. Para a primeira edição, as vagas são limitadas — 20 no total. A inscrição cust

Sucesso no primeiro bazar da Ascap em 2015

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Equipe da Ascap responsável pela organização do bazar Sábado movimentado na Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap). A primeira edição do bazar atraiu dezenas de pessoas interessadas nas roupas, nos utensílios, calçados e agasalhados. Tudo foi colocado à venda a preços módicos. O resultado das vendas será destinado às atividades da Ascap, que tem oferecido alimentos, roupas, entre outros objetos, às pessoas extremamente carentes que batem à porta da instituição. A direção da Ascap agradece a todos que fizeram doações, foram voluntários na ação do último sábado e têm se colocado à disposição para ajudar em todas as iniciativas. A próxima edição do bazar está marcada para 11 de abril, das 10h às 17h. Mais uma vez, a Ascap espera contar com você.

Avança a construção do projeto com a Embrapa

Avança o processo de construção do projeto de desenvolvimento sustentável dos terreiros do Distrito Federal e Entorno, sob a coordenação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A proposta experimental contempla 12 instituições. Depois de uma série de entrevistas, elaboração de diagnóstico, considerando as principais necessidades e demandas das casas, ocorreram dois dias de oficina. O intuito foi alinhar o entendimento de todos e acertar que a base do projeto seria assentada nos fundamentos da agroecologia. Agora, a construção entra na reta final para a conclusão do projeto. A equipe técnica da Embrapa tem orientado o trabalho levando em conta as peculiaridades e necessidades de cada uma das casas. Respeita sobretudo a diferentes formas de relacionamento e diálogo com o sagrado. Esse comportamento faz a toda a diferença. Os integrantes buscam aliar a técnica às demandas. Além da Embrapa, participam da discussão representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensã

VEM AÍ O PRIMEIRO BAZAR DA ASCAP 2015

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Mulheres nos terreiros

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Dia Internacional da Mulher Por Mônica Berezutch Sacerdotiza do Templo da Luz Dourada Irmãos leitores, houve época em que as médiuns eram proibidas de serem diri­gentes espirituais, sacerdotisas, mães, etc, mesmo que elas já estives­sem pre­paradas. Nesta época  elas não podiam ser ogãs, ou seja, aquelas que tocam ou assumem a responsabilidade da curimba (atabaques) do terreiro. A mulher assim que soubesse da sua gravidez era afastada, pois a mes­ma não poderia trabalhar na corrente. E quando essa mulher incorporava, guias masculinos, precisava amarrar-lhe um pano em seu corpo para bloquear as energias femininas. As mesmas não podiam “trabalhar” no seu terreiro, quando estavam mens­truadas, justificando que seu cor­po es­tava aberto e, assim sendo, impuro. As indiferenças, os preconceitos, pres­sões e humilhações foram atitudes  vindas de uma socie­dade machista que julgava-se superior, que refletiam na época, na vida espiritual, social e afetiva. Mas, mesmo assim, a mulhe

Ascap elabora agenda pensando no seu bolso

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Os produtos encareceram, os impostos e as tarifas públicas subiram muito. É tempo buscar preços mais em conta, reaproveitar, reutilizar e reformar o que for possível. Diante da crise econômica, com inflação em alta, a Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap) elaborou a agenda de atividades para o primeiro semestre como foco na redução dos gastos e do consumo. Neste mês, o  primeiro bazar de 2015 acontecerá no próximo dia 21. Roupas, agasalhos, calçados, acessórios de moda, produtos domésticos, tudo a preços bastante acessíveis. Esta será uma oportunidade imperdível, que se repetirá em 11 de abril, 9 de maio e 6 de junho. Cursos Além do bazar, a Ascap oferecerá dois cursos para ajudar o participante a reduzir a despesa com vestuário e ainda a ter oportunidade de fazer dinheirinho extra. Em 25 de abril, haverá o curso de pintura em tecido com molde em estêncil; e, de 11 a 15 de junho (uma semana), das 14h às 16h, será tempo de aprender a customizar roupas. A Ascap pl

SEMANA DA MULHER: O masculino e o feminino na Umbanda

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Falar de papéis masculinos e femininos na Umbanda em dias de liberação feminista e livre opção sexual pode ser faca de dois gumes, pois há  grande ocorrência de falsos liberalismos cercados de hipocrisia e ignorância aos fundamentos da religião. Quando falamos de papéis masculinos e femininos suscitamos as mais diversas indagações, mas muitas dessas indagações têm origem, na verdade, em uma confusão recorrente: a do ato de confundirmos essência e sexo. Se falássemos de papéis do homem e da mulher, não falaríamos de religião e sim de convenção social, isto é, coisas que são mais aceitas se realizadas ou vividas por homens e não por mulheres e vice-versa. Contudo, estamos falando de essência, isto é, a energia primordial que polariza nossos comportamentos de gênero. A essência é constituída pelas propriedades imutáveis do gênero, descartado tudo aquilo que é mutável. Podemos remeter a bom exemplo se falarmos de  laranja, que é formada por propriedades químicas contidas em fluídos energ

SEMANA DA MULHER: A discriminação das umbandistas

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[clique na imagem para ampliá-la] No próximo domingo, a maioria dos países comemoram o 8 de Março ― Dia Internacional da Mulher. Batutamos como o blogue/site dos Caminheiros poderia homenagear as guerreiras da nossa religiosidade. Há de se convir que não é fácil combinar a prática religiosa com tarefas domésticas, profissionais e o desempenho dos papéis de mãe e mulher. É muita coisa para ajustar, sem contar com outras atividades extras que exigem tempo e, igualmente, dedicação. Mas a mulher, umbandista ou não, consegue. Nos Caminheiros, principalmente aos domingos, vemos que a maioria do corpo mediúnico é formado por mulheres de diferentes idades, profissões, casadas e solteiras. Nem sempre, os familiares compreendem a opção pela religião de matriz africana, quando há uma diversidade tão grande de cultos no país ou no mundo. Como explicar essa atração pela afrorreligiosidade? Isso é tema para outra conversa. Voltando ao 8 de Março, entendemos que uma boa maneira de homenagear as m

Agora, começa 2015

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Oficina de construção de projeto de desenvolvimento sustentável para 12 terreiros do DF e Entorno com técnicos da Embrapa, em Brasília Começamos este ano com novidades interessantes. Avança a construção do projeto de implantação do Jardim do Sagrado na área ao lado da sede dos Caminheiros. Essa iniciativa é em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e congrega mais 11 casas de Umbanda e Candomblé do Distrito Federal e do Entorno. Na quinta-feira (5/3), diretores da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap) voltam a se reunir com os técnicos da Embrapa para dar continuidade à elaboração do projeto. A experiência é inédita no DF ― um órgão federal disposto a trabalhar com terreiros de Umbanda e Candomblé, visando a construção de projetos voltados à segurança alimentar com sustentabilidade. Para os Caminheiros/Ascap, a proposta é criar ervanário que atenda às necessidades da instituição. No próximo domingo (8/3), Dia Internacional da Mulher, os