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Mostrando postagens de fevereiro, 2018

O que eu faço no terreiro?

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O TRABALHADOR UMBANDISTA chega ao terreiro, cumprimenta o Exu da tronqueira e o da porteira bate cabeça no gongá, arruma suas coisas no seu devido lugar e vai ver se tem alguma coisa para ser feita.  Procurar ver se está tudo em ordem, se falta papel ou sabão nos lavatórios, verifica se tem água nos bebedouros, se é necessário passar uma vassoura  ou passar um pano com água e rodo para deixar limpo o local de trabalho, ou seja, se coloca à disposição de sua casa. Afinal, ela deve estar limpa e dignamente firmada, pois neste dia receberá a visita dos Orixás e Guias. Os enviados de Olodumaré (Zambi, Deus) virão à terra para aplacar as nossas dores, abrir nos nossos caminhos, curar as nossas doenças, retirar um pouco do nosso carma negativo. Mas, para que isso ocorra, nós temos que estar em sintonia, não somente nosso corpo deve estar limpo, nossa alma deve estar satisfeita, pois seremos a ponte entre o sagrado e o profano, ou seja os enviados de Olodumaré utilizaram de nosso

O menino e a cesta de alimentos

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Luís Felipe, ao lado da mãe: superação No dia do aniversário, estudante do Sol Nascente recebe caderno escolar e ajuda a refletir sobre uma nova composição do pacote nutricional LUÍS FELIPE É O MAIS novo dos três filhos de dona Luciana, desempregada e sem profissão definida. Ele tem 13 anos, completados neste sábado (17/2) sofre com uma cardiopatia. Para surpresa da equipe da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap), não esboçou reação quando chegamos à sua casa de três cômodos, cheia de varais de roupa pela sala e ainda sem reboco em um amontoado de moradias no Sol Nascente, chamado de setor habitacional pelos mais otimistas. A casa foi construída pelo ex-marido, que já não se faz presente na vida de Luís e seus dois irmãos, de 15 e 17. Dona Luciana padece de problemas de saúde, precariamente monitorados pelo serviço médico da rede pública local. O inchaço das pernas e a crise no mercado de trabalho agravam as dificuldades de locomoção da mulher. Nesse cenário, o

Celda não será esquecida

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Hoje, o Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua celebrará uma prece especial, às 20h,  em memória de Iracelda Paixão, a Celda, morta brutalmente, no último dia 4, em sua casa, no bairro Pinheiro 2, em Águas Lindas de Goiás. Todos os irmãos da casa, frequentadores e amigos estão convidados a participar a cerimônia. Os caminheiros estão consternados ante a violência que ceifou a vida dessa irmã de fé. Uma pessoa alegre, plena de jovialidade e alegria. Mesmo diante das vicissitudes da vida, Celda brindava a todos com um sorriso franco e alegre. Rogamos a Deus e à espiritualidade que a abrace com carinho e muito amor.  O corpo de Celda foi sepultado dia 13 último, Barreiras (BA), no mesmo campo santo onde está um jazigo da família. Abaixo, um texto-homenagem escrito por irmão dos Caminheiros, que vem acompanhando o caso de Celda, a fim de que a impunidade não prevaleça e os responsáveis sejam, exemplarmente, punidos pelas leis deste plano material. Que prevaleç

Adeus, Celda

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Celda nasceu em Barreira (BA) COM PROFUNDA TRISTEZA, o Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua comunica a todos os irmãos a morte da irmã Iracelda Paixão, carinhosamente, chamada de Celda. Ela foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), em sua casa, no bairro Pinheiro 2, em Águas Lindas de Goiás. Três participaram do crime. Dois dos envolvidos estão presos. A polícia está à procura de mais um dos criminosos. O crime ocorreu uma semana atrás (domingo, 4 de fevereiro).  As informações foram obtidas na Delegacia de Águas Lindas, por   representantes Caminheiros, que se deslocaram para a cidade na manhã de hoje a fim de apurar as circunstâncias de tamanha violência contra a irmã do centro.  Os bandidos roubaram os pertences da casa e ainda R$ 1.300.  Nada trará Celda ao nosso convívio neste plano material,, porém  é importante que seus algozes não fiquem impunes Ela será sempre lembrada por todos os irmãos, pelo sorriso, pelo carinho e, principalmente, pela

Convive e Ascap farão encontro no Sol Nascente

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Roda de Conversa: dirigentes do Convive e da Ascap colhem relatos de violência no Sol Nascente A ideia é ouvir mais moradores, entre o primeiro e o segundo fim de semana de março,  sobre os problemas locais e elaborar documento a ser entregue às autoridades do Distrito Federal, visando a construção de soluções que garantam qualidade de vida às pessoas O PONTO DE ÔNIBUS mais próximo fica a um quilômetro das residências. Escola? Também não há perto de casa. Os pais e as crianças têm que percorrer uma distância ainda maior para chegar ao colégio. Centro de saúde não existe nas proximidades. A iluminação nas ruas é muito precária. Viver na região da Chácara 6 e da Quadra 209 do Setor Habitacional do Sol Nascente é se expor, durante o dia ou à noite, à violência de traficantes, usuários de drogas e outras formas de agressão. O perigo é tão grande que os policiais não se atrevem a fazer uma ronda ostensiva no local. O clima de insegurança não é diferente entre os que moram

SALVE NOSSA MÃE IEMANJÁ

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Hoje, 2 de fevereiro, é dia de saudar Iemanjá, a grande mãe dos oceanos, a senhora do encontro das águas. É o orixá acolhedor, que cuida de seus filhos com generosidade suprema. Hoje é dia de festa no mar. Hoje, o Brasil está em festa. Ao mesmo tempo, movimentos de povos tradicionais de matriz africana lançam hoje um amplo manifesto e um abaixo-assinado que, ao longo deste ano, pretende colher milhões de assinatura, para que a data seja considerada feriado nacional em homenagem aos povos tradicionais de matriz africana. Vivemos um tempo triste de grandes retrocessos, de acirramento do racismo, da intolerância às diferentes formas de diálogo com o sagrado, com a tradição alimentar dos descendentes dos povos de matriz africana. Os negros são satanizados pelos fundamentalistas neopentecostais. O poder público ignora as agressões e a violência praticadas contra os negros, que os tornam vítimas majoritárias de homicídios, inclusive, pelos agentes de segurança pública. O rac