EXU



O enigma Exu - Mirim


No decorrer dos milênios, todas ou quase todas as religiões organizadas tiveram nos gêmeos infantis um dos seus mistérios, e eles ocuparam e ainda ocupam um lugar de destaque em muitas delas.

Na África, em várias religiões, os gêmeos estão presentes ou, quando não aparecem juntos, pelo menos um se faz presente. Assim como ocorre entre os índios brasileiros, em que a criança é chamada de curumim e há seres sobrenaturais infantis ou mirins.

Se assim foi, é e será, en­tão temos que identificar me­lhor esse mistério e descobrir al­gumas de suas funções na Criação, porque a partir daí ele fica fundamentado e o enten­dimento sobre ele torna-se aces­sível a todos os umban­distas que, quer queiram ou não, têm à esquerda uma entidade “infantil” cuja com­panhia não recomenda ao seu filhinho, pois preferem colocá-lo num jardim de infância fre­qüentados só por criancinhas da “direita”.

Afinal, essas crianças da “esquerda” (os Exus e as Pom­bagiras Mirins) fumam, bebem, e ainda atazanam a vida de quem os ofende ou os desagrada, não é mesmo?

São crianças condenadas ao purgatório ou ao abandono nas “ruas”, largadas não se sabe por quem, pois nenhum Orixá assumiu a paternidade delas e nenhum os recolheu aos seus Domínios na Criação, preferindo enviá-los para os de Exus que, ao contrário dos outros Orixás, não nega abrigo em seus domínios a ninguém.

A todos Exu acolhe e com todos se relaciona amigavelmente.

E assim foi na Umbanda, quando ninguém sabia o que fazem com os infantes da esquerda, Exu deu-lhes casa e comida, digo, domínio e campo de ação.

Firmado no lado de fora dos templos de Umbanda, mas ganhando aqui e acolá um “ebozinho” minguado para resolver complicações indissolúveis, Exu Mirim foi sobrevivendo à mingua e entre a própria sorte... ou azar quem sabe? Isolado no gueto ou no cortiço dos meninos mal educados e desbocados, Exu Mirim raramente entra na “casa grande” (no templo) e, ainda assim, é para limpar e levar embora a sujeira alheia (dos consulentes). Afinal, só raramente o chamam para realizar um trabalho de ponta a ponta, ou seja, do começo ao fim! Mas, boa parte da má educação e do “desbocamento” dessas entidades infantes da esquerda deve-se ao comportamento dos seus médiuns e não ao Orixá Exu Mirim.

Afinal , que melhor momento há para fazer “artes” do que quando incorporado com seu Exu Mirim, não é mesmo?

Que melhor oportunidade há para falar palavrões do que quando incorporado por um espírito “desbocado e mal educado?” Há médiuns que chegam a enfiar os dedos nas narinas e comer ou fingirem que comem “ronhas”, chocando quem os vêem fazendo tal coisa.

Há outros que fazem micagens (gestos de macacos) e mos­tram a língua para os assistentes, além de gestos obsce­nos impublicáveis quando incorporados com seus Exus Mirins, fazendo uma pantomima nada religiosa.

Mas isso não é inerente aos Exus Mirins, e sim, à falta de informações dos seus médiuns, pois não se doutrinam nem aos espíritos que incorporam e os usam para extravasarem o que têm em seus íntimos.

Exu Mirim é superior a tudo isso e, mesmo sendo re­legado à mingua na maioria dos centros e por um grande número de médiuns umbandistas, vem sobrevivendo com um dos mais fechados dos mistérios da Umbanda e vem resistindo a comentários mais absurdos possíveis já publicados por pessoas que não só o desconhecem como nada sabem sobre ele.

Texto extraído do livro “Orixá Exu Mirim" de Rubens Saraceni, Editora Madras




Escultura em homenagem a Exu na Praça dos Orixás
às margens do Lago Paranoá,  em Brasília, Brasil

Os Caminheiros de Santo Antônio de Pádua entendem que é preciso desmistificar a ideia de que Exu é um ente espiritual ligado ao negativo, ao mal. Exu não é demônio ou o satanás, como muitos querem fazer crer. Essa concepção se consolidou em razão de um sincretismo errôneo dos colonizadores ingleses em território africano. O entendimento distorcido vem se propagando ao longo do tempo, principalmente entre aqueles que desconhecem as diferentes vertentes dos cultos afrorreligiosos.

Exu é um orixá do bem, como todos os outros. Os Caminheiros se somam as instituições que também estão empenhadas em acabar com esse grande equívoco. Eis o motivo de criar essa página, onde vamos publicar as histórias e lendas que falam de Exu e Pombo-Gira, irmãos da espiritualidade e presentes em todas as casas da religiosidade afro-brasileira.

Além disso, um blog e um site são meios de comunicação, ao lado de outras mídias – ¬¬¬ jornais, revistas, emissoras de rádio e tevê — recebem e dão notícias, defendem e criticam propostas, ideias. Na prática, funcionam como guardiões dos valores da sociedade e são meios de denúncia das práticas equivocadas.

E o que é Exu, se não o orixá da comunicação. Ele tem a responsabilidade de guardar aldeias, cidades e o axé dos terreiros. Em iorubá, exu significa esfera. É o orixá do movimento, daí a proximidade com o plano material e o comportamento humano. Como todos os elementos, energias e forças espirituais, ele tem aspectos positivos e negativos.
Exú também é chamado de Bará, Ibarabo, Legbá, Elegbara, Eleggua, Akésan, Igèlù, Yangí, Ònan, Lállú, Tiriri, Ijèlú,

Entre os muitos estudiosos e escritores sobre a religiosidade de matriz africana está o professor titular de sociologia da Universidade São Paulo, Reginaldo Prandi, a quem recorremos para trazer uma das muitas lendas existentes sobre Exu e que explica o motivo pelo qual todos os terreiros reverenciam esse orixá antes de qualquer outro na abertura dos trabalhos espirituais. Eis a lenda:

“Exu respeita o tabu e é feito o decano dos orixás
 

Exu era o mais jovem dos orixás.
Exu assim devia reverência a todos eles, sendo sempre o último a ser cumprimentado. Mas Exu almejava a senioridade, desejando ser homenageado pelos mais velhos.

Para conseguir seu intento, Exu foi consultar o babalaô. Foi dito a Exu que fizesse sacrifício. Deveria oferecer três ecodidés, que são penas do papagaio vermelho, três galos de crista gorda, mais quinze búzios e azeite de dendê e mariô, a folha nova da palmeira. Exu fez o ebô e o adivinho disse ele para tomar um dos ecodidés e usá-lo na cabeça, amarrado na testa. E que assim não poderia por três meses carregar na cabeça o que quer que fosse.

Olodumare disse então que queria ver todos os orixás, queria saber se eles estavam dando conta na Terra das missões que a eles atribuíra. Oxu, a Lua, foi buscar os orixás.
Todos os orixás se prepararam para o grande momento, a grande audiência com Olodumare.

Todos trataram de preparar suas oferendas, fizeram suas trouxas, seus carregos, para levar tudo para Olodumare. E cada um foi com a trouxa de oferendas na cabeça. Só Exu não levava nada, porque estava usando o ecodidé e com ecodidé não podia levar nenhuma carga no ori (cabeça). Sua cabeça estava descoberta, não tinha gorro, nem coroa, nem chapéu, nem carga.

Oxu levou os orixás até Olodumare. Quando chegaram ao Orum de Olodumare, todos se postaram. Mas Olodumare não teve que perguntar nada a ninguém, pois tudo o que ele queria saber, lia nas mentes dos orixás.

“Aquele que usa o ecodidé foi quem trouxe todos a mim. Todos trouxeram oferendas e ele não trouxe nada. Ele respeitou o tabu e não trouxe nada na cabeça. Ele está certo. Ele acatou o sinal de submissão. Doravante será meu mensageiro, pois respeitou o euó. Tudo o que quiserem de mim, que me seja mandado dizer por intermédio de Exu. E então por isso, por sua missão, que ele seja homenageado antes dos mais velhos, porque ele é aquele que usou o ecodidé e não levou o carrego na cabeça em sinal de respeito e submissão.”

Assim o mais novo dos orixás, o que era saudado em último lugar, passou a ser o primeiro a receber os cumprimentos. O mais novo foi feito o mais velho. Exu é o mais velho, é o decano dos orixás."

Lenda extraída do livro Mitologia dos Orixás, Reginaldo Prandi, Companhia das Letras, 2001


Então abrimos a nossa página com o Exu Sete Caveiras. Na sequência, outros personagens desse universo repleto de mistérios.



Exu Sete Caveiras

Sobre Guardião Sete Caveiras ou Dr. Caveira,

- Contam que ele sempre esteve lá.... naquelas regiões de fronteira entre as sombras e as trevas... trabalhando para a luz!... mas ele nos diz que já viveu sobre a Terra entre os gauleses (700A.C) como um guerreiro honrado que mortalmente ferido em batalha se despediu dos seus e.... foi ao encontro de deus do trovão e do seu destino!...." Seu 7 Caveiras, conhecido popularmente como Dr. Caveira, entidade espiritual da umbanda que através dos anos surge em trabalhos espirituais de cura e quebra de trabalhos de magia negra.

O Dr. Caveira, ganhou este nome pois sempre apresentou-se a frente da linha destes Exus (Caveiras), relatos de sua primeira aparição remetem a Niterói em 1915 onde ganhou tal apelido, pois a cada cura que realizava sempre que o consulente retornava a agradecer já o categorizavam desta forma, o médico dos médicos.

O mais Caveira de todos os Caveiras, em cima de seu trono rege ordens para toda esta linha, mas em nossa terra aqui trabalha como qualquer outro sentado atendendo qualquer pessoa que a ele vim pedir ajuda. Um dos exús mais poderosos, mestre em magia e conhecedor das saídas para magia negra, além do doutor que rege nossas vidas, Rei da linha dos Caveiras, seu 7 Caveiras ao lado dos outros 7 ( 7 Encruzilhadas, 7 da Lira, 7 Catacumbas, e todos os 7 ) trazem a magia contida no mistério desta cabala, são profundos conhecedores desta magia e no reino astral geram e conduzem a mesma para todos aqueles que trabalham em suas linhas. Seu 7 Caveiras comanda os trabalhos de esquerda e com toda sua sabedoria e seriedade nos guia para o caminho do bem.

Exu Caveira foi nomeado por Oxalá, quando da criação da vida humana na Terra, para cuidar do desencarne. Da mesma forma que todo espírito, inclusive o seu e o meu, é uma incriado, sempre existiu; entretanto sua consciência é mais antiga que a da maioria dos espíritos habitantes desta esfera, anterior a criação da Terra. Seu Caveira habitava as Águas Ancestrais, das quais Zambi e Oxalá criaram tudo que vemos e parte do que não vemos.

Para um melhor entendimento faço uma analogia: Seu Caveira é como um carrasco na Terra e um policial de alta patente no plano astral. Um Exu lavrador do campo da escuridão, da esquerda, responsável por ceifar a vida terrena, do indivíduo, no momento certo. Mas não tenham medo, isso porque ele também cuida da vida, ninguém faz hora extra na Terra mas o desencarne prematuro existe. Exu entra aí, cuidando de seus protegidos para que não façam uso indevido de seu livre arbítrio de forma a abreviar sua existência.

Exu Caveira é desdobramento do Sr. Omulú que assume a forma de Exu Caveira para trabalhar ativamente na Quimbanda. Seu Caveira disse certa vez que encarnou na Terra pela 1ª vez há pouco mais de 30.000 anos: "Quando encarnei pela primeira vez na Terra, há mais de 30.000 anos, estava tudo desolado e tive que me alimentar de um óleo que brotava do chão para sobreviver", disse ele explicando porque costuma beber azeite de dendê puro. Em suas passagens terrenas sofreu as mesmas provações que os seres humanos comuns, para aprender e alcançar um maior grau de evolução. Apesar de gostar das coisas boas aqui da Terra nunca foi muito endinheirado ou teve posições de grande destaque na sociedade, optou sempre por levar uma vida simples. Teve encanações como: caçador, pagé, bruxo, adivinho, mago, profeta, sacerdote, padre inquisidor, xamã, eremita, monge, senhor de engenho, navegador e jesuíta, entre outras.

A falange do Sr. Caveira é formada basicamente pelos Exus: Tata Caveira, João Caveira, José Caveira, Exu Caveirinha, Meia-noite, Pemba, Brasa, Carangola, Pagão, Arranca Toco, Pomba Gira Rainha do Cemitério, Maria Quitéria, Maria da Gargalhada... Observando o respeito mostrado por outros Exus ao Seu Caveira, durante a Gira, chamando-o de 'chefe' podemos constatar que sua falange principal é composta por um total de 49 Exus, sendo que por sua vez e pela ordem, cada um destes têm mais 7 Exus a seu serviço, e assim por diante, formando uma grande legião.

Um fato curioso que vem sendo amplamente divulgado pelos próprios Caveiras é que uma vez encarnaram todos juntos, na mesma geração no antigo Egito. Os Caveiras fizeram parte de uma mesma seita aonde Seu Tata era o sacerdote. Por praticarem o monoteísmo foram todos condenados a serem queimados vivos. Ao que parece a encarnação, desencarne e reencarnação destes espíritos, partindo da idade das cavernas, passando por esta no antigo Egito, por outras e finalmente ao Brasil colonial. Nesta última encarnaram como senhores de engenho, fazendeiros, barões e feitores de escravos; o que me convence na crença de terem que, por Lei, obedecer aos Pretos e Pretas para dentro do trabalhar no Terreiro, para conclusão do Karma sem necessidade de nova encarnação.

Exu Caveira, juntamente com Seu Tata Caveira, são responsáveis diretos pela administração do vício como objeto de pena cármica. O vício é usado como ferramenta de trabalho por Exu no dever de fazer cumprir o Karma, ou como provação. Entretanto o livre arbítrio nos da o poder da decisão, podemos escolher formas mais brandas de cumprir nosso Karma e de cuidar de nossa evolução; para isso podemos contar com a proteção de Exu contra estes perigos e armadilhas nas quais Ele é mestre. A falange dos Caveira mexe profundamente com o nosso conjunto dos processos psíquicos conscientes e inconscientes. Em parte esta influência se manifesta devido ao grande medo da morte e do desconhecido que trazemos incutido em nosso ser enquanto encarnados.

Os terreiros tradicionais, da mesma linha de trabalho que os do início do século passado, tem grande receio em invocar esta entidade e só o fazem no final da Gira, para limpeza espiritual ou quando a coisa fica pesada, preta mesmo. Quando ocorrem fatores desconhecidos que fogem muitas vezes ao controle, que eles não compreendem ou mesmo não sabem lidar chamam Exu. Já ouvi e li testemunhos nos quais dizem que este poderoso e maravilhoso Exu é louco, intrigueiro e irresponsável, carapuça que ao meu ver deve servir mais aos que lhe designam estes pobres substantivos abstratos.

Exu Caveira e sua falange tem em especial poder em favorecer qualquer espécie de especulação, ensinando todas as táticas e artimanhas da guerra, tendo em vista a vitória sobre os inimigos, é encarregado de vigiar a entrada dos cemitérios ou qualquer lugar aonde hajam pessoas enterradas. Seu poder é tal que muitas vezes incutem medo nos que o invocam. Não existe trabalho ou despacho a ser realizado em um cemitério sem a presença de Exu Caveira. Devemos mesmo ter muito cuidado ao tentar manipular estas energias, pois em caso de erro, e errar é humano, os prejudicados seremos nós mesmos. A paga é custosa, dolorosa mesmo, para os que usam o nome de Exu Caveira de forma vexatória ou caluniosa, fatal para os que o invocam em nome da maldade pura e simples.

Seu Caveira apresenta-se na maioria das vezes como uma caveira grande, de altura respeitável, vestido de preto e trazendo na mão alguma arma, sendo mais comuns: foice, tridente, espada, gládio, elmo e escudo. A arma escolhida por ele varia de acordo com a ocasião, afinal para cada trabalho existe uma ferramenta. Ele pode aparecer com a o crânio coberto, mostrando a caveira, ou não, pode-se identificá-lo facilmente pelas 'mãos', são grandes garras de caveira. Sua cor é o preto mas não raro usa também velas, ponteiros e pemba vermelha e branca. Quando usa só pemba preta ou risca um caixão em seu ponto geralmente está trabalhando com magia negra, desfazendo. Quando usa 9 velas pretas está trabalhando no Vodu. É sincretizado com a divindade pagã Sergulath, e sua falange, pela ordem: Próculo, Haristum, Brulefer, Pentagnony, Aglassis, Sidragosam, Minoson e Bucon. Do sincretismo com a divindade pagã é que vem a estatueta 'demoníaca' de Exu Caveira encontrada em terreiros e casas de artigos religiosos. Ele até pode assumir aquela forma, caso queira, para trabalhar nas esferas abissais ou no limbo (inferno), afinal lá cara de bonzinho não entra

É cada vez mais raro ver Exu Caveira incorporado fora de Terreiros que saravem às 7 Linhas da Umbanda e 7 Linhas da Quimbanda de forma equilibrada, dentro da Lei. Seo Caveira tem dedicado-se muito a pratica da caridade nas tendas onde o espírito manifesta-se para praticar o bem. Porém, mesmo que mais raramente, ele continua fazendo-se presente em cultos como: Santeria, Vodu, as Macumbas, Candomblé, Molokô e Batuques, cultos aonde preserva sempre aparelhos disponíveis para incorporação caso seja invocado ou precise estar. Devemos estar atentos para o fato de existirem espíritos mal intencionados que tentam passar-se por Exu Caveira; estes zombeteiros usam seu nome na presença dos incautos prometendo cometer barbaridades em troca de alguns patacos e oferendas. É! no plano espiritual também existem vigaristas, estes por sua vez procuram seus semelhantes na Terra... Exu Caveira está sempre presente para colocar estes charlatões em seus devidos lugares.

Tenha certeza, Seu Caveira é um Exu bastante antigo, amigo e companheiro, capaz de realizar verdadeiros milagres. Quando é de nosso merecimento é mais que irmão; é só cuidar pra, digamos assim: 'não sair da linha'. Seo Caveira pode se tornar um verdadeiro tormento na vida e também na morte dos que com ele não souberem tratar. Nunca podemos esquecer que ele é o carrasco que nos visitará no segundo fatal. Saravá o poderoso Exu Caveira, "Rei das Catacumbas do Inferno", sempre merecedor de grande respeito por parte daqueles que o invocam.
Laroye Seu 7 Caveiras,
Fonte: http://templodeumbandavovomariaconga.blogspot.com.br/2012/07/exu-sete-caveiras.html




Exu Belzebuth

Exu Belzebuth, Exu Mor conhecido como Exu 9 Luzes e também como Anjo Belo é uma das três entidades mais poderosas que existem na Hierarquia de Exus.

De acordo com a invocação ou evocação que a ele é feita, distribui os trabalhos a ele dirigidos a mais dois Exus não menos poderosos. Esses exus por sua vez comandam mais outros vários Exus e assim por diante...

Como pode ver irmão de fé, dentro da ordem hierarquica é formado um verdadeiro exército, comandado por Exu Mor. Este Exú, como os outros existentes, serve diretamente a todos os Orixás da Umbanda, procurando atender as ordens que lhe são dadas. Cada um deles atende a um ou mais orixá, pois o Exu, de uma forma geral, nada mais é do que o lado oposto do Orixá. Melhor dizendo, o lado negativo do Orixá.

Está é uma das grandes dúvidas que ainda existem na Umbanda e na Quimbanda, por falta de esclarecimentos mais objetivos a respeito deste assunto. Na verdade o diabo não existe como se afirma em diversas religiões, e sim o negativo de cada Orixá. Deus é absoluto, o criador de tudo que vemos, tocamos etc, portanto Deus foi quem criou tudo e deixou toda a sua criação ao alcance do homem para que ele pudesse usá-la da melhor maneira que ele achasse que deveria usar, portanto, foi ele "Deus" quem criou também o diabo, fazendo que cada um de nós o usasse e respondesse pelo uso que fizesse.

Fonte: http://espadadeogum.blogspot.com

Comentários

Unknown disse…
muito interessante,e misteriosa a lenda do exu caveira,li todas e achei muito legal.

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