Umbanda e candomblé na Europa

Pais-de-santo profissionalizam os rituais afros
e expandem a prática pelo Velho Continente

Por Carina Rabelo, de Berlim (Alemanha)

Desde que foi convidado, há 19 anos, para ministrar aulas de dança afro numa escola em Berlim, na Alemanha, Murah Soares, 38 anos, criado e iniciado num terreiro de candomblé na Bahia, é surpreendido por alunos que lhe pedem a bênção após as coreografias. Daí nasceu a convicção de que tinha um terreno fértil para difundir sua crença entre os alemães. Em 4 de dezembro de 2007, Murah oficializou o Ilê Axé Oyá, o primeiro terreiro de candomblé na Alemanha com as bases religiosas do Brasil. Em julho deste ano, ele foi reconhecido oficialmente após a bênção da Mãe Beata, de Nova Iguaçu (RJ), uma das mais respeitadas do Brasil. Assim como Murah, muitos pais-de-santo e mães-de-santo escolheram a Europa para desenvolver e plantar o culto aos caboclos e orixás.

A receptividade dos europeus à diversidade de manifestações culturais e religiosas é fomentada pela presença maciça de imigrantes no Velho Continente. Segundo a Eurostat, comissão que divulga as estatísticas da Europa, em 2007 o continente tinha mais de 1,8 milhão de imigrantes legais, o triplo de 1994, quando eram 590 mil.

Diante do desafio de dialogar com a pluralidade cultural que invade as ruas, a Europa revela um interesse crescente pela diversidade, pelo exótico, pela identidade e pela religião das outras nações.Em 1974, de carona na onda do esoterismo, surgiram os primeiros terreiros de umbanda e candomblé na Europa, ainda reduzidos às práticas de magia. A partir do sucesso internacional dos trabalhos do fotógrafo e escritor francês Pierre Verger, pilar da difusão do candomblé pelo mundo, começaram os festivais multiculturais e de fomento ao intercâmbio de estudantes e pesquisadores entre Brasil e Europa. Assim, a dança e a musicalidade dos cultos afros se tornaram o ponto de partida para o interesse pela religião.

TOLERÂNCIA — “Na Europa, há mais tolerância do que no Brasil, onde os cultos ainda sofrem os ataques dos evangélicos. Na Alemanha, ela é vista com respeito, admiração e curiosidade”, diz Murah, que também é presidente da ONG Fórum Brasil, que promove a difusão da cultura brasileira através de workshops e seminários. O Ilê Axé Oyá, em atividade há seis anos, reúne 300 alemães e imigrantes nas festividades religiosas.Após perceberem o potencial do Velho Continente, pais-de-santo e mães-de-santo conquistam junto aos governos locais a liberdade de culto. Desde o ano passado, contam com representação oficial pela Federação Européia de Umbanda e Cultos Afro, que faz a triagem dos terreiros de origem confiável. “O grande problema eram os falsos pais-de-santo, que não fizeram a iniciação e não tinham base religiosa. Era fundamental um órgão que indicasse os terreiros que seguem as tradições”, explica Pedro de Ogum, pai-de-santo do terreiro Templo Sagrado de Umbanda, em Portugal, e presidente da Federação. Segundo a instituição, existem 40 terreiros “legítimos” na Europa.

ANTROPOLOGIA — Enquanto o candomblé e a umbanda se popularizaram no Brasil pelas magias, curas e benefícios imediatos, os europeus se interessaram pelo aspecto antropológico dessas religiões. “Os europeus têm curiosidade pelos fundamentos teóricos e a história dos cultos. O que os motiva também na iniciação é a resposta imediata na comunicação com as entidades, o que não ocorre nas demais crenças. Eles sabem que o orixá está ouvindo”, comenta o pai-de-santo italiano Mário Quintano, 40 anos, presidente da Associazione per la Diffusione del Candomblé, na Itália. Após a iniciação no Brasil, Mário se mudou para Arborio, na região do Piemonte, onde administra há oito anos o terreiro de candomblé Ilê Asé Alaketu Ayrá.MENOS

HIERARQUIA — No Velho Mundo, algumas adaptações devem ser feitas para garantir o bom convívio com a comunidade local. Áustria, Alemanha e Suíça, por exemplo, rejeitam a centralização do comando religioso numa única figura. “Procuro diminuir a hierarquia no meu terreiro para que todos se sintam incluídos e conscientes do que ocorre lá”, comenta a psicoterapeuta austríaca Astrid Habiba Kreszmeier, 44 anos, que adotou o nome Habiba de Oxum Abalo, após ser iniciada no Brasil pelo pai-desanto Carlos Bubby, em São Paulo.
Há dois anos, Habiba fundou o terreiro Terra Sagrada na cidade de Graz, na Áustria, com filiais na Suíça, em Zurich, e na Alemanha, em Landsberg.Entre as adaptações estão as modificações no culto, que devem estar de acordo com a legislação européia. Thales Fonseca, 29 anos, que se intitula Comandante Chefe do Terreiro Umbanda Temple, fundado em maio de 2007, em Londres, na Inglaterra, reconhece a rigidez das leis e considera algumas delas benéficas para a religião. “Aqui, se alguém discrimina o outro pela fé, vai parar na cadeia. A ação da polícia é muito rápida para coibir a intolerância religiosa.”

Criado por uma fervorosa evangélica e freqüentador assíduo dos cultos protestantes, ele recebeu críticas quando decidiu ser iniciado na umbanda aos 15 anos. “As entidades disseram que eu deveria trazer a religião para os ingleses, que estão carentes de um trabalho espiritual gratuito. Foi quando descobri o meu caminho”, afirma.Pesquisadores da religião reconhecem a expansão dos cultos afros na Europa, mas são reticentes em considerar que o interesse dos europeus tem um engajamento verdadeiramente religioso.

“O candomblé e a umbanda são tão curiosos para eles como a capoeira, os atabaques e a dança folclórica. É um interesse pela diversidade cultural, como ocorre com a world music. Teriam a mesma empolgação pela manifestação cultural dos aborígines australianos, por exemplo”, pondera o sociólogo Flávio Pierucci, da Universidade de São Paulo. Com ou sem legítimos praticantes, o fato é que o candomblé e a umbanda já não são mais vistos como “macumba” no Velho Continente.

Comentários

Unknown disse…
FEUCA...federacão europeia de umbanda e cultos -Afro??????..........
Já pesquisaram quantos filiados têm (e se são europeus) ?????
Quem tem autoridade para fiscalizar terreiros de umbanda na europa???
se calhar alguem com fome de protagonismo, não?
Gostaria de saber quantos terreiros foram triados na Europa, lolololololol?
É brincadeira
Anônimo disse…
É verdade que cada vez existem mais terreiros em Portugal e Europa. Em Portugal, inclusive a maioria dos assistentes e médiuns são Portugueses, assim como muitos pais e mães de santo. Existe este cadastro que tenta divulgar os terreiros existentes, que tenham fundamento e estejam realmente representados por dirigentes espirituais credenciados, embora existam outros tantos, talvez até em maior numero, desconhecidos, e muitos á margem da lei. Pois, os Pseudo-pais e mães de santo encontraram em Portugal um espaço propicio para se puderem afirmar naquilo que queriam ser mas não o são…muito também devido á falta de conhecimento das pessoas, e á grande fé existente no povo Português, mas que ao verem um Pseudo-pai ou mãe de santo paramentados, acreditam no que lhes dizem, no que lhes pedem, e no que lhes cobram, pois devido á falta de conhecimentos, e por ser algo novo, não tem bases para desconfiar da credibilidade dessas pessoas.

Lista de Terreiros em Portugal e Europa:

http://sites.google.com/site/terreirosnaeuropa/
Anônimo disse…
Neste momento existe em Portugal uma carência de um orgão Potugues que represente e regule tanto a Umbanda como o Candomble.E por causa dessa situação já se assiste a uma "corrida" e a "guerrinhas" ridiculas na disputa desse tal "cargo".

Repare-se neste forum postado na Rede Europeia de Umbanda e Candomblé, que até á data não tem uma unica resposta:

"Criação de uma Federação Portuguesa de Umbanda - Candomblé
Postado por Mistico em 24 novembro 2009 às 22:31



Este é um assunto que não é falado (pelo menos publicamente), mas que precisa de ser falado e discutido.
De certeza que estas palavras aqui escritas não vão agradar a muita gente, mas como é do conhecimento geral, é uma tarefa quase impossivel, essa de agradar a toda a gente...

Eu, no meu ver, e no de algumas pessoas que também pensam do mesmo modo, acho que se faz necessário, criar um Orgão Nacional (Português), que tutele, credibilize, e represente todas as casas de culto e seus dirigentes, sejam de Umbanda, Candomblé, e ou outros cultos similares Afro. Não importando que se chame federação, associação, união, organização, ou qualquer outra designação, o que importa é que seja criado.
Já se houve falar para ai de representações de Federações Brasileiras, representadas cá, e que se intitulam os Orgãos máximos em Portugal, na Europa, e até imagine-se nos Paises Africanos de lingua portuguesa...como se os Paises Africanos precisacem de uma Federação Brasileira para lhes representar os seus terreiros...

Basta raciocinar e pensar no seguinte:

Sendo um Orgão Brasileiro, não tem cá em Portugal, ou em qualquer outro lugar fora do Brasil, qualquer legitimidade ou poder regulamentar, certo?! Logo, não pode representar terreiros e casas de culto que estejam em território Português.
Imagine-se a titulo de exemplo, haver cá uma representação da Federação Brasileira de Futebol, a exigir a filiação dos clubes Portugueses de futebol;
ou uma representação Francesa de Vinicultura, a exigir a filiação dos produtores de vinho Portugueses...
Nenhum destes exemplos tem lógica, pois não?!

Por isso, seria muito bom, se os dirigentes dos terreiros e casas de culto existentes em Portugal (e resto da Europa), se entendessem e se organizassem, de forma a fundar um Orgão que já começa a ser preciso. E que acima de tudo, fosse um Orgão aberto a todas as linhas e várias formas de culto, dentro da Umbanda e do Candomblé. E que não discriminasse as diferentes ritualisticas existentes. Além do mais que, o ainda reduzido numero de terreiros existentes, daria para que cada dirigente espiritual, ficasse com um cargo administrativo adequado ás suas capacidades.
Portanto, não importa que o suposto Orgão se chame, Federação x, Associação x, ou União x, mas que seja criado de raiz em Portugal, que tenha os seus própios estatutos, e esteja dentro da lei Portuguesa.

???????

Vivemos em democracia, num pais livre, por isso quem quiser diga o que pensa, pois é falando e conversando é que se chega a uma conclusão.

Tags: -, candomblé, de, federação, portuguesa, umbanda


▶ Responder a esta"

Retirado de :

http://reuca-europa.ning.com/forum/topics/criacao-de-uma-federacao
Anônimo disse…
Para quem na realidade, o que lhes interessa é o protagonismo pessoal e não o bem estar dos culto afro,(candomblé e umbanda), não "aguenta" o facto dos outros conseguirem um bem que é de todos... é triste, mas é assim: também no candomblé como na umbanda, ou como em qualquer religião (que é feita por seres humanos), existe inerente a esse facto, o que há de mais negativo: Inveja pelo sucesso dos outros, que afinal é sucesso de todos! é feio; tenham vergonha e não dêem tiros nos próprios pés! Não é porque a Igeja católica, tem a sua sede e directoria em Roma, que as paróquias são menos paróquias, ou que tenham menos autonomia! Não é porque existe uma federação já reconhecida pelo governo português atravéz da ANACAB, que nós somos menos bons, que os nossos irmãos brasileiros ou de outras nações! Haja paciência para tanta ignorância, inveja e mesquinhês! Já agora uma outra nota: na realidade, é verdade, que muita gente aqui em Portugal, se acha pai ou mãe de santo em um ano, dois ou até em dias. Por isso, existe quem em Portugal conheça as casas de matriz , os seus fundamentos e a possibilidade de saber se esta ou aquela pessoa é ou não o que diz ser! Para quem tiver alguma duvida que a fenacab- coordenação de Portugal, não estará legalizada, pode consultar o site, ver lá o objecto social e escritura pública que atesta o que aqui se escreve! Asè, para quem é de Asè! ( já agora, para quem não é, também)
Anônimo disse…
Eu só posso apoiar quem escreveu este último comentário, que fala sobre a vergonha que devemos ter pelo facto que temos atitudes menos dignas, como seja a inveja. Além do mais, acho bem que haja uma federação ou seja lá o que for, que venha do Brasil ou não, pelo menos fica-se a saber, quem foi lá num dia e voltou feito pai ou mãe de santo no outro dia! ou nesse mesmo ano; ou ainda só com duas obrigações, como há por aí! e depois temos pais de santo (que se diz pai de santo), como um que está lá para a mrgemn sul da umbanda e que às vezes diz que é de "nação", que pede por e-mail, a uma mãe de santo do brasil que lhe ensine trabalhos, ebós, etc. Venha lá essa federação ou associação e nos diga quem é quem, já que conhece (e pelo que li, parece que sim), as casas de fundamento e tem como saber! Parabéns a quem escreveu antes de mim!
Anônimo disse…
Gostei deste tema e concerteza tenho algo a acrescentar a esta discussão, que é sem duvida a existência de "alguns" (não todos) brasileiros iluminados, que ao chegarem a portugal, se acharem "tata" - "baba´s" "ngomas" e sei lá mais o k?
Falam yorubá de favela, mostrando-se entendidos, realizam assentamentos, oferendas, tocam atabaques, praticamente são polivalentes, e ainda por cima se acham ainda com razão de vir criticar e julgar os procedimentos que cada casa tem.
Rodam várias casas, com fala mansa e se mostrando de entendidos, lololo - falando yorubá e ....qual é o nosso espanto, mais recrutam alguns adeptos, dizendo que a verdade está no lado deles e logo logo os abandonam (ou fogem da cidade ou do país, ou então mudam de grau e de orixá)
Mas este tipo de personagem que rodam por ai por portugal ainda têm outro aspecto ainda mais engraçado, é que fazem trabalhos, pedindo aos pais de santo lá no brasil, para lhes facultar o dito "MENU", claro que eles dão uma parte do dinheiro arrecadado a esses pais de santo, e lá vão vivendo...esses infeliz, acusando os outros de cobrarem, de não terem fundamento, quando na realidade, nem eles mesmo têm fundamento, nunca foram feitos no santo (a não ser na cabeça deles, mas como falam brásilêiro, essa é a fala "unica e verdadeira" de um verdadeiro Babalorixá, e essa é a voz que vai levar os incautos portugueses á Luz de "Pai Euro - €".
Tenho corrido várias casas, por pesquisa, pois estudo Antropologia e os cultos afros sempre me interessaram, e por isso, já falei com muitos pais e mães de santo, portugueses e brasileiros e posso dizer que existem muitos honestos e merecedores de tal grau, outros nem por isso, e outros nem pensar em visitar a casa deles, pois para eles Exu e Pombagira é que é Religião afro.
Aquilo que eu descobri, é que nenhuma mas mesmo nenhuma Casa – Terreiro em Portugal se safou deste tipo de VIRUS que atacou as Religiões Afro Brasileiras em Portugal, mas felizmente esses Virus são de fácil remoção e rápidamente se criam anti corpos, para que essa raça, nunca mais volte a rondar a casa, mas como todos os virus eles imediatamente procuram outro portador, para poderem se instalar e fazerem os seus estragos.
E dando continuidade a este meu depoimento sobre este tema, gostaria também de falar sobre a quantidade de “experts” que nasceram ultimamente em Portugal relativamente ás religiões afro brasileiras, uns têm a 4 classe espiritual ou menos, mas já assistiram a um ritual, depois compram uns livros de Ebós e outros sobre esse tema, definem os seus exus, caboclos pela internet, e pronto já estão “experts” no tema de candomblé ou de umbanda, aí se acham capaz de “afirmar com toda a certeza” que aquele não pode ser Pai ou Mãe de Santo, Baba ou Yá.
Copiam uns ditos yorubás, na net e fazem uns blogs e começam a ditar a sua justiça.
Engraçado não é, mas isto já se esperava, pois em terra de cegos quem tem um olho – fala yorubá e é Expert.
As casas e terreiros que conheço, concerteza vão resistir a esta VIRÓSE, pois existe o antibiótico chamado SEF, mas quantas vitimas irão cair nas armadilhas destes “pés rapados”.
Assim se faz a história dos Cultos afro brasileiros em portugal!
Anônimo disse…
Gostei deste tema e concerteza tenho algo a acrescentar a esta discussão, que é sem duvida a existência de "alguns" (não todos) brasileiros iluminados, que ao chegarem a portugal, se acharem "tata" - "baba´s" "ngomas" e sei lá mais o k?
Falam yorubá de favela, mostrando-se entendidos, realizam assentamentos, oferendas, tocam atabaques, praticamente são polivalentes, e ainda por cima se acham ainda com razão de vir criticar e julgar os procedimentos que cada casa tem.
Rodam várias casas, com fala mansa e se mostrando de entendidos, lololo - falando yorubá e ....qual é o nosso espanto, mais recrutam alguns adeptos, dizendo que a verdade está no lado deles e logo logo os abandonam (ou fogem da cidade ou do país, ou então mudam de grau e de orixá)
Mas este tipo de personagem que rodam por ai por portugal ainda têm outro aspecto ainda mais engraçado, é que fazem trabalhos, pedindo aos pais de santo lá no brasil, para lhes facultar o dito "MENU", claro que eles dão uma parte do dinheiro arrecadado a esses pais de santo, e lá vão vivendo...esses infeliz, acusando os outros de cobrarem, de não terem fundamento, quando na realidade, nem eles mesmo têm fundamento, nunca foram feitos no santo (a não ser na cabeça deles, mas como falam brásilêiro, essa é a fala "unica e verdadeira" de um verdadeiro Babalorixá, e essa é a voz que vai levar os incautos portugueses á Luz de "Pai Euro - €".
Tenho corrido várias casas, por pesquisa, pois estudo Antropologia e os cultos afros sempre me interessaram, e por isso, já falei com muitos pais e mães de santo, portugueses e brasileiros e posso dizer que existem muitos honestos e merecedores de tal grau, outros nem por isso, e outros nem pensar em visitar a casa deles, pois para eles Exu e Pombagira é que é Religião afro.
Aquilo que eu descobri, é que nenhuma mas mesmo nenhuma Casa – Terreiro em Portugal se safou deste tipo de VIRUS que atacou as Religiões Afro Brasileiras em Portugal, mas felizmente esses Virus são de fácil remoção e rápidamente se criam anti corpos, para que essa raça, nunca mais volte a rondar a casa, mas como todos os virus eles imediatamente procuram outro portador, para poderem se instalar e fazerem os seus estragos.
E dando continuidade a este meu depoimento sobre este tema, gostaria também de falar sobre a quantidade de “experts” que nasceram ultimamente em Portugal relativamente ás religiões afro brasileiras, uns têm a 4 classe espiritual ou menos, mas já assistiram a um ritual, depois compram uns livros de Ebós e outros sobre esse tema, definem os seus exus, caboclos pela internet, e pronto já estão “experts” no tema de candomblé ou de umbanda, aí se acham capaz de “afirmar com toda a certeza” que aquele não pode ser Pai ou Mãe de Santo, Baba ou Yá.
Copiam uns ditos yorubás, na net e fazem uns blogs e começam a ditar a sua justiça.
Engraçado não é, mas isto já se esperava, pois em terra de cegos quem tem um olho – fala yorubá e é Expert.
As casas e terreiros que conheço, concerteza vão resistir a esta VIRÓSE, pois existe o antibiótico chamado SEF, mas quantas vitimas irão cair nas armadilhas destes “pés rapados”.
Assim se faz a história dos Cultos afro brasileiros em portugal!
Anônimo disse…
Gostei deste tema e concerteza tenho algo a acrescentar a esta discussão, que é sem duvida a existência de "alguns" (não todos) brasileiros iluminados, que ao chegarem a portugal, se acharem "tata" - "baba´s" "ngomas" e sei lá mais o k?
Falam yorubá de favela, mostrando-se entendidos, realizam assentamentos, oferendas, tocam atabaques, praticamente são polivalentes, e ainda por cima se acham ainda com razão de vir criticar e julgar os procedimentos que cada casa tem.
Rodam várias casas, com fala mansa e se mostrando de entendidos, lololo - falando yorubá e ....qual é o nosso espanto, mais recrutam alguns adeptos, dizendo que a verdade está no lado deles e logo logo os abandonam (ou fogem da cidade ou do país, ou então mudam de grau e de orixá)
Mas este tipo de personagem que rodam por ai por portugal ainda têm outro aspecto ainda mais engraçado, é que fazem trabalhos, pedindo aos pais de santo lá no brasil, para lhes facultar o dito "MENU", claro que eles dão uma parte do dinheiro arrecadado a esses pais de santo, e lá vão vivendo...esses infeliz, acusando os outros de cobrarem, de não terem fundamento, quando na realidade, nem eles mesmo têm fundamento, nunca foram feitos no santo (a não ser na cabeça deles, mas como falam brásilêiro, essa é a fala "unica e verdadeira" de um verdadeiro Babalorixá, e essa é a voz que vai levar os incautos portugueses á Luz de "Pai Euro - €".
Tenho corrido várias casas, por pesquisa, pois estudo Antropologia e os cultos afros sempre me interessaram, e por isso, já falei com muitos pais e mães de santo, portugueses e brasileiros e posso dizer que existem muitos honestos e merecedores de tal grau, outros nem por isso, e outros nem pensar em visitar a casa deles, pois para eles Exu e Pombagira é que é Religião afro.
Aquilo que eu descobri, é que nenhuma mas mesmo nenhuma Casa – Terreiro em Portugal se safou deste tipo de VIRUS que atacou as Religiões Afro Brasileiras em Portugal, mas felizmente esses Virus são de fácil remoção e rápidamente se criam anti corpos, para que essa raça, nunca mais volte a rondar a casa, mas como todos os virus eles imediatamente procuram outro portador, para poderem se instalar e fazerem os seus estragos.
E dando continuidade a este meu depoimento sobre este tema, gostaria também de falar sobre a quantidade de “experts” que nasceram ultimamente em Portugal relativamente ás religiões afro brasileiras, uns têm a 4 classe espiritual ou menos, mas já assistiram a um ritual, depois compram uns livros de Ebós e outros sobre esse tema, definem os seus exus, caboclos pela internet, e pronto já estão “experts” no tema de candomblé ou de umbanda, aí se acham capaz de “afirmar com toda a certeza” que aquele não pode ser Pai ou Mãe de Santo, Baba ou Yá.
Copiam uns ditos yorubás, na net e fazem uns blogs e começam a ditar a sua justiça.
Engraçado não é, mas isto já se esperava, pois em terra de cegos quem tem um olho – fala yorubá e é Expert.
As casas e terreiros que conheço, concerteza vão resistir a esta VIRÓSE, pois existe o antibiótico chamado SEF, mas quantas vitimas irão cair nas armadilhas destes “pés rapados”.
Assim se faz a história dos Cultos afro brasileiros em portugal!
Anônimo disse…
De anónimo para anónimo, tenho a dizer, que em grande parte estou de acordo com quem me antecedeu a escrever... mas não totalmente. Só prova que na realidade ainda não visitou todos os terreiros de CANDOMBLÉ EM PORTUGAL, quando afirma:
"pois para eles Exu e Pombagira é que é Religião afro.
Aquilo que eu descobri, é que nenhuma mas mesmo nenhuma Casa – Terreiro em Portugal se safou deste tipo de VIRUS que atacou as Religiões Afro Brasileiras em Portugal, mas felizmente esses..."

Eu conheço um e posso garantir que é verdade, em que isso jamais se coloca. è um pai de santo português, que não fala "brrasilêrrro", porque não tem que imitar o que não é!!! não estou a falar de quem tem blogs... mas veja quem tem site, procure e garanto que não se vai arrepender. Eu não me arrependi. Há uma revista em Portugal que fala do candomblé e umbanda. Procure e talvez encontre o que lhe digo!!! Mas que voc~e tem as suas razões, lá isso tem!

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