Gratidão às grandes mães da Umbanda

Hoje é dia de festa! Dia de homenagear as grandes mães: Nanã, Oxum, Iemanjá e Iansã.  Diferentemente da maioria das casas umbandistas, o Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua, decidiu reverenciá-las sempre em dezembro, embora cada uma seja lembrada ou tenha uma data ao longo do ano.

Na despedida de cada ano, os caminheiros entendem que é um bom momento de expressar gratidão as maravilhosas mães pela bênçãos, proteção e acolhimento aos nossos apelos.

A cada ano que se renova, as grandes mães possam conceder a todos os filhos da casa, bem como aos nela chegam, bênçãos, paz, saúde, alegrias, equilíbrio, properidade e fortalecimento a fé de cada um mesmo nos momentos difíceis

NANÃ é celebrada em 26 de julho. Por ser a mais velha das grandes mães, ela inspirou a criação do Dia das Avós,  pelo então Papa Gregório XIII (13), em 1584. De acordo com os ensinamentos cristãos, Senhora Sant'Anna (ou Santana, ou Santa Ana) foi a avó de Jesus, sincretizado com Oxalá, na Umbanda e em outros ritos afrorreligiosos .Nanã é orixá da sabedoria, da ponderação, da maleabilidade, das águas paradas, da terra úmida e dos pântanos Ela rege o portal entre os mundos dos vivos e dos mortos. 

Saluba Nanã! (senhora do poço, das águas profundas)

OXUM, festejada em 8 de dezembro, está associada à Nossa Senhora da Conceição, mãe de Jesus. Mas também está relacionada à Nossa Senhora Aparecida, a santa negra, feita de terracota e achada no Rio (a santa negra, achada no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo,  por pescadores). A imagem tinha 36 centímetros e pesava 2,5 quilos e estava partida — o corpo separado da cabeça. As duas partes foram encontradas, em 12 de outubro de 1717. Um dos milagres, ou o primeiro, foi o fato de, naquele dia, os pescadores terem conseguido uma boa pescaria, essencial para a sobrevivência deles e de suas famílias. Assim, 12 de outubro é celebrado como Dia de Oxum  na Umbanda e em outras expressões afrorreligiosas.

Oxum é a rainha da água doce, dona dos rios e cachoeiras. Também é vista como a senhora do amor, da fertilidade e da proteção dos fetos e das crianças recém-nascidas. Há quem confunda Oxum e Oxumarê, mas eles são orixá distintos. 

Ora iê iê ô! (Salve a senhora da bondade! Salve a mãezinha benevolente!)

IEMANJÁ, a senhora dos mares e oceanos, é sincretizada com Nossa Senhora, mãe de Jesus. Ao longo dos tempos, Nossa Senhora ganhou várias denominações, entre elas Nossa Senhora da Conceição, que significa senhora da "concepção", por ter gestado em seu útero o grande rei do cristianismo, Jesus Cristo, cuja história, ensinamentos e atitudes são respeitados não só pelos cristão, mas também na umbanda e em várias casas de vertentes afrorreligiosas. Aliás, essa é uma das muitas virtudes da Umbanda: respeitar os valores religiosos de outras denominações de fé e formas de conexão das pessoas com o seu sagrado.

O nome Iemanjá é um termo iorubá da  língua nigero-congolesa) “Yèyé omo ejá”, que significa “mãe cujos filhos são como peixes”. Ou seja, é tida como a mãe de todos os adultos e dos orixás. Ela é a divindade que do rio que deságua no mar, padroeira dos pescadores. Em dois momentos do ano ela é celebrada: 31 de dezembro, data de expressar gratidão pela sua proteção ao longo do ano que se encerra, por meio de oferendas nas águas; e em 2 de fevereiro, por meio de grandes romarias de barcos nas cidades litorâneas, nas quais também são lançadas oferendas no mar, e os terreiros estão abertos para saudar Iemanjá. Odoiá (Senhorá das águas)

IANSÃ ou OYÁ, sincretizada com Santa Bárbara, é a senhora do ar, do vento, das tempestades,do relâmpago ou do raio, e aos ancestrais (os mortos, os eguns). É guerreira, destemida e considera energia viva. 

Associada ao ar, ao vento, à tempestade, ao relâmpago ou raio e aos ancestrais (eguns), é o orixá que domina os furacões e ciclones. Ela representa o movimento, as mudanças e os deslocamentos. É o Orixá do fogo, do calor. É guerreira e regente das paixões. É o raio, a eletricidade, a energia viva. Iansã é festejada em 4 de dezembro. Iansã protege e livra os fiéis, seus filhos e filhas  de todos os tipos de ataques, sejam de origem física, espiritual ou mental.  Eparrei Oyá! (Salve Oyá! Viva Oyá!)