Adeus, 2023! Feliz seja 2024
surpreendentes, que imaginávamos estar no passado. O ar foi contaminado pelo ódio, pela discórdia e pela violência desmedida, que nos retiram a condição de humano e nos transformam em seres irracionais.
Ainda que haja rajadas brutais de agressões na sociedade, hoje conseguimos enxergar espaços de tranquilidade e de mais harmonia. Voltamos a desejar, ardorosamente, paz, a tolerância e o reconhecer de que o diferente também é um igual.
A maldita peste da covid-19 está domada. A ciência e a medicina venceram o negacionismo. Podemos voltar a abraçar e beijar quem amamos; estar juntos aos que nos são essenciais, como os filhos, os pais, o companheiro ou companheira, os amigos queridos de todas horas e os colegas de trabalho, com os quais nos relacionamos diariamente.
2023 foi o ano de reencontro com a normalidade, ainda que haja atitudes desprezíveis que nos entristecem. Mas não são tão negativas como pensamos. São atos que nos fazem refletir e servem de alerta para que não façamos o mesmo, que não sejamos tolos, a ponto de sentirmo-nos superior aos outros. Somos iguais ao nascer e na finitude da vida.
2023 foi um ano bom, com menos fome, menos miséria para a maioria dos brasileiros. Tristes e lamentáveis são as guerras na Europa (Rússia e Ucrânia) e no Oriente Médio (Israel e Palestina), infladas, a cada momento, pela imbecilidade e pela ganância de mandatários despidos de qualquer humanidade e de respeito à vida das pessoas.
Hediondo saber que muitos aniquilam mulheres, idosos, crianças, jovens e o fazem em nome de Deus. Que horror! O Senhor do Universo é paz, amor e harmonia. Com certeza, Ele tem gigantesca repulsa pelos comportamentos belicistas e letais.
Nós, umbandistas ou de outras vertentes aforreligiosas, bem como os verdadeiros cristãos ou de outras confissões de fé, temos muito a agradecer ao Senhor do Universo, não importa o nome damos ele — Zambi, Olodumaré, Alah... —, pois sabemos que Ele é a fonte da nossa energia vital.
A virada do ano, para os afrorreligiosos, é mais um momento sagrado, para expressar gratidão pelo prolongamento da nossa estada nesse mundão que, afinal de contas, é maravilhoso e cheio de bondade conosco. Temos ar, água, matas e flores, chão firme para caminhar, os iguais para dar e receber carinho e muito mais para construir uma trajetória evolutiva.
Nós, caminheiros, temos um espaço magnífico para dialogar com os nossos e todos os sagrados irmãos da espiritualidade e receber, como temos sido privilegiados, as boas e imprescindíveis energias do universo. Nem sempre sabemos nem valorizamos essa dádiva de Zambi, mas ele insiste em sua inesgotável misericórdia nos agraciar com suas bênçãos. Não fosse assim, provavelmente, não estaríamos aqui congraçando-nos com quem queremos bem e tolerando aqueles que parecem-nos desagradáveis.
Que sigamos, em 2024, portadores de boas-novas, sendo instrumento da espiritualidade e lutando para sermos sempre dignos da misericórdia do Senhor do universo, por meio de ações, atitudes e manifestações de fé ao longo de cada dia que desfrutarmos. Que consigamos ver e aproveitar as dificuldades, bem como a superação da adversidade, como um polimento para o nosso crescimento e sejamos gratos pela provação.
Feliz 2024 para todos e todas! Saúde, paz e fé!
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