Sopa para quem tem fome e frio

Integrantes da Caravana de Santo Antônio fazem a distribuição de sopa em Ceilândia

DIVIDIR O PÃO, ou melhor, a sopa, abraçar e tornar uma noite diferente das muitas vividas, sabe-se lá havia quanto tempo, com dezenas de pessoas que habitam as ruas e até bueiros. Essa foi a primeira ação da Caravana de Santo Antônio de Pádua, promovida pela nova diretoria da Ação Social Caminheiros de Antônio de Pádua (Ascap),  na noite de sábado (26/8). Frequentadores do Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua (Cecsap) e diretores da Ascap se uniram na missão de compartilhar uma tigela de sopa com que aqueles que estavam na porta do Hospital Regional de Ceilândia, no centro da cidade e em um bueiro próximo à estação sul do metrô, espaço de abrigo para pelo menos 15 indivíduos.

Mais do que aquecer o estômago e saciar a fome, a iniciativa mostrou aos irmãos das ruas que solidariedade não apenas uma palavra de sete sílabas. Ela pode ser traduzida em atitudes. Partilhar o pão com os que não têm lar e sofrem, com muita frequência, as dores e o frio cáustico da fome é possível. A iniciativa deverá se repetir, pois integra uma das muitas propostas de trabalho da equipe eleita, em 20 de agosto, para dirigir a Ascap pelos próximos três anos.

“Foi uma oportunidade incrível e que nos faz refletir e mudar o olhar sobre essas pessoas que vivem em uma situação que, para muitos de nós, é calamitosa, mas que, para alguns deles, não é. Foi uma experiência muito linda e que venham outras”, reagiu uma das voluntárias e frequentadoras dos Caminheiros.

A ação da Caravana de Santo Antônio contou com a colaboração de muitos amigos dos Caminheiros e da Ascap, que doaram os ingredientes  para que fosse possível produzir um delicioso sopão. Mas serve de exemplo para que outras pessoas, que não passam pelo sofrimento de viver na rua, onde a alimentação é incerta, a higiene corporal é algo eventual e o teto é o céu, se sensibilizem e se somem às ações futuras.

Mais foto: Caravana de Santo Antônio

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