Carnaval e Umbanda
A partir da próxima sexta-feira (5/2), começa a maior festa
popular pagã do país, o carnaval. Milhões de brasileiros caem na folia de Momo.
Muito samba, marchinhas invadem as ruas e avenidas. Tudo regado a muita bebida.
Adeptos de diferentes crenças buscam o recolhimento, o retiro espiritual em
locais distantes ao da balburdia que ocorre. Outros carregam sua fé no coração
e se esbaldam de brincar, de dançar e pular.
Nesse período, muitas casas umbandistas e candomblecistas
fecham as portas e seguem o mesmo ritual dos católicos. Ingressam na Quaresma —
40 de dias recolhimento, sem atividades — que se estende até a Páscoa, uma das
principais datas do calendário cristão. Páscoa significa renascimento, em
alusão à ressurreição de Jesus Cristo três dias após ser crucificado e morto.
Na prática, não há nenhum sentido uma casa de umbanda fechar
a portas. A Umbanda não está atrelada aos dogmas católicos ou cristãos. Como se
trata de período de reflexão e introspecção dos católicos romanos, muitas casas
evitavam os trabalhos em respeito. Mas a espiritualidade não deixa de agir
nesse período na quaresma ou em qualquer outro tempo do ano.
Os Caminheiros de Santo Antônio de Pádua funcionarão normalmente, exceto no domingo (7/2) de carnaval. Na quarta-feira de cinzas (10/2), haverá atendimento, como de praxe, a partir das 19h30.
A Umbanda não é contra o carnaval, mas, levando em conta
seus princípios, recomenda a todos os filhos cautela, evitar os excessos na
ingestão de bebidas alcoólicas, fugir dos tumultos e passar longe dos eventuais
conflitos e desentendimentos. O motivo é simples: resguardar a própria
integridade física e não permitir que a brincadeira de rua se transforme em
problemas (pesadelos) cujas consequências podem se arrastam por muitos carnavais.
Comentários