Ministério da Justiça cria grupo para discutir propostas de combate à intolerância religiosa
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Ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, entre as líderes religiosas, promete debater ações de enfrentamento à discriminação e à violência contra as casas de religiões de matriz africana
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Brasília,
10/6/14 – O Ministério da Justiça anunciou, na tarde de terça-feira (10), a
proposta de criar um grupo de trabalho com o objetivo de debater ações de
enfrentamento à discriminação e à violência contra praticantes de religiões de
matriz africana.
A decisão foi
anunciada em Brasília durante um encontro do ministro José Eduardo Cardozo com
25 praticantes da Umbanda e do Candomblé dos estados de Goiás, Bahia, Rio de
Janeiro e São Paulo e do Distrito Federal. Na avaliação do ministro da
Justiça, a articulação, focada em segurança pública, deverá envolver também
outros setores do governo federal e representantes dos cultos nas cinco regiões
do Brasil.
"O
Ministério da Justiça dará total apoio a qualquer iniciativa que busque
enfrentar esse problema, que, para mim, é inaceitável no século XXI",
disse o ministro Cardozo, ao se referir a qualquer ato de violência praticada
conta esses grupos específicos.
O debate na
Pasta terá coordenação do secretário-executivo, Marivaldo Pereira, da
secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki, e do secretário de
Assuntos Legislativos, Gabriel Carvalho. "Vamos receber dos representantes
das religiões sugestões para o debate e discutiremos os encaminhamentos a serem
tomados", acrescentou a secretária Regina.
Entre as ações
previstas está a realização de cursos para agentes públicos sobre intolerância
religiosa, a sistematização no país de registros de agressão e desrespeito ao
direito de credo, além da criação de unidades de polícia especializadas em
igualdade racial e religiosa.
Ministério da Justiça
Allan de
Carvalho
Fotos: Isaac Amorim
Fotos: Isaac Amorim
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