Afrorreligiosidade reverenciada no carnaval

Virou tradição associar a maior festa pagã do país, o carnaval, à afrorreligiosidade. Todos os anos, os orixás entram na Marquês de Sapucaí (RJ), por meio dos enredo das escolas de samba, nas ruas de Salvador, onde há a maior concentração de afrodescendentes e elevado número da casas de candomblé e umbanda.

Os orixás são reverenciados pelas virtudes. Na mesma cadência, as agremiações trazem a defesa do patrimônio ambiental. Sem as florestas, os rios, as águas do mar e todos os elementos da natureza, o culto dos orixás estará comprometido.

Mas essa tradição tem um elemento político de grande relevância: lembrar a sociedade brasileira sobre a importância da religiosidade afro para o tecido cultural brasileiro. Mostrar como essae religiosidade é uma das mais forte aliadas daqueles que defendem a preservação do patrimônio ambiental do país.

A invocação dos orixás, com muita arte, beleza e respeito, se contrapõe à intolerância religiosa e ao racismo, que ainda hoje existem no Brasil e revelam um dos maiores contrassenso de um país construído com  a força dos negros. Mostra que, apesar de toda a perseguição, umbandistas e candomblecistas não escondem nem refugam a fé que os movem e os amparam na trajetória da vida.

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