Preconceito religioso e de raça torna a escola um espaço de infelicidade
Para muitas pessoas, quando abordamos o tema intolerância
religiosa, parece que estamos falando de algo inexistente no Brasil ou de fatos
que ocorrem nas regiões em conflito em outros pontos do planeta. Mas não é bem
assim. A situação no território nacional é dramática. As autoridades ainda não
se deram conta do tamanho do problema, que fere a individualidade, a liberdade
de crença e culto no país. Existe uma combinação perversa entre intolerância e
racismo, que vai além do vandalismo contra os terreiros, contra os negros e sua
religiosidade. O preconceito contra a religiosidade
de matriz africana chegou às escolas e afeta seriamente as
crianças.
Nos terreiros pesquisados, as crianças criadas em comunidades candomblecistas chegam a dizer que têm ou leucemia ou outras enfermidades para não serem vítimas de bullying religioso ou da humilhação dentro dos colégios. Confira a gravação:
Em 1992, a jornalista Estela Guedes foi fazer uma reportagem
em terreiros na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. No meio do trabalho, a
pauta mudou. Por quase 10 anos, ela estudou o fenômeno, concluiu mestrado e
doutorado sobre o tema. O resultado da pesquisa está na denúncia exibida no vídeo abaixo.
Nos terreiros pesquisados, as crianças criadas em comunidades candomblecistas chegam a dizer que têm ou leucemia ou outras enfermidades para não serem vítimas de bullying religioso ou da humilhação dentro dos colégios. Confira a gravação:
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