Intolerância religiosa e racismo invadem o Facebook


A maioria das pessoas que pratica uma religião, seja ela qual for, buscam na relação com o divino paz, alento para suas aflições e esperam sempre por uma graça, quando não, um milagre, para os mais diversos problemas. O espaço da prática religiosa é entendido como um ponto de conexão com mundo espiritual, com Deus. Mas essa expectativa vem sendo frustrada. Alguns dirigentes de igrejas, em vez de conduzir os fiéis à construção de uma cultura de paz, incita-os à prática da violência, pelosa mais diferentes meios, contra as supostas religiões concorrentes. Algo muito semelhante ao do mundo dos negócios.

Essa distorção não se manifesta somente contra as religiões de matriz africana. Conforme levanamento do Safernet Brasil, uma organização não governamental que fiscaliza os crimes cibernéticos, divulgou no último dia 11, um levantamento feito pela Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos (CND) sobre as denúncias contra as páginas do Facebook.

A intolerância religiosa está entre as dez situações mais denunciadas em 2012. Foram 494 ocorrências do tipo, o que deixa a categoria como a sexta maior, de acordo com o site G1.

A lista das dez maiores denúncias é formada por conteúdo racista, com 5.021 reclamações, seguida de pornografia infantil (1.969); apologia e incitação a crimes contra a vida (1.513); maus tratos contra os animais (697); homofobia (635); intolerância religiosa (494); xenofobia (376); tráfico de pessoas (233); neonazismo (186); e genocídio (181).

O Facebook registrou no total, um aumento das denúncias em 264,5%, somando 11.305 páginas com conteúdo questionável. Esse dado transforma a rede social na segunda com mais reclamações, perdendo apenas para o Orkut, que desde 2006 lidera o ranking.

Páginas de conteúdo religioso se multiplicam no Facebook, e o registro de casos como os protestos em boicote à produções da TV Globo, como a microssérie O Canto da Sereia e a novela Salve Jorge, podem ser interpretado por usuários que professam crenças diferentes como intolerância religiosa, o que leva à denúncia.

Cada caso é apurado pela rede social individualmente, e as medidas cabíveis são tomadas caso seja detectado realmente que a página promove intolerância, ou qualquer outra prática proibida.

Da Redação do Blog com G1

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