Terreiros reagem às agressões com petição pública



 

 Está em circulação na internet Petição pública contra o aviltamento da fé dos povos de terreiros — umbandistas e candomblecistas — e em defesa do direito de cada cidadão praticar a religião com a qual tem afinidade. Esse é um direito consagrado pela Constituição Federal de 1988 e deve ser exercido em defesa da cidadania e da convicção religiosa individual. A petição é uma reação organizada contra todas as agressões que se acumularam nos últimos anos, que deve ser assinada por quem se opõe à perseguição violenta contra os terreiros de Umbanda e Candomblé em todo o país.

Contra prerrogativa de cada pessoa seguir a religião que bem lhe aprouver, principalmente a Umbanda e o Candomblé,  se insurgem os intolerantes religiosos, a maioria deles seguidores de diferentes ramos evangélicos neopentecostais. Protagonizam uma crescente onda de violência contra os terreiros, promovem campanhas difamatórias por meio dos veículos de comunicação e associam crimes bárbaros a falsos dirigentes de terreiros ou à magia negra sempre associada aos terreiros de Umbanda e Candomblé. 

Demonizam a afro-religiosidade. Buscam impor uma hegemonia religiosa no país. Conquistam cadeiras no Congresso Nacional, e cargos nos altos escalões dos governos federal, distrital, estaduais e municipais.
Em alguns estados, há comissões de combate à intolerância religiosa. Elas provocam as autoridades da segurança pública, a fim de inibir a onda de violência. Nem sempre com o êxito desejado, pois as queixas são tratadas com descaso. Mas quando chegam até ao Judiciário, encontram uma resposta satisfatória. 

Ocorre que falta estrutura e, sobretudo, união entre as diferentes práticas da religiosidade de matriz africana, os poucos exemplos se diluem no tempo e no espaço, e chegam, em curto prazo, à zona do esquecimento. 
A unidade dos dirigentes de terreiros é essencial — não importa a vertente — para que cada casa religiosa seja respeitada e a liberdade de culto exercida, sem o risco de agressão. Abaixo segue o link para acesso à carta aberta que sustenta petição pública.

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