Terreiros de umbanda e candomblé na ordem do dia

Nesta terça-feira, às 10h, haverá uma audiência pública na Câmara Legislativa, com o objetivo de discutir a situação dos terreiros de umbanda e candomblé que se encontram em áreas públicas. O debate foi provocado pelos distritais Eliana Pedrosa e Dr. Charles, depois da ação da fiscalização que teve grande repercussão negativa.

Na última semana de fevereiro, os terreiros de umbanda e candomblé foram gravemente desrespeitados pelo Governo do Distrito Federal. Pelo menos 10 casas religiosas instaladas em Planaltina foram forçadas a fechar suas portas, sob o argumento de que ocupavam áreas públicas. Foi mais uma ação da fiscalização que se repete há décadas pelos sucessivos governantes do DF. 

Há muitos anos, os sucessivos governos do DF ignoram a prática da religiosidade afro-brasileira presente na capital federal. Para os terreiros não há lotes. Em contrapartida, para as religiões de matriz europeia ou forjadas no culto ao dinheiro áreas públicas e até residenciais estão disponíveis. 

De acordo com dados do Departamento de Proteção do Patrimônio Brasil-África do Ministério da Cultura revelam que existem cerca de 700 terreiros de umbanda e candomblé no Distrito Federal. Esse número pode chegar a mais de 7 mil. No entanto, grande parte dessas casas religiosas foi forçada a se instalar nos municípios vizinhos do Distrito. Esses terreiros descartaram a opção de invadir áreas públicas ou de se instalarem em residências, o que seria uma total afronta à destinação original das áreas.

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