A intolerância mata


Um casal gay, na tarde desta segunda-feira, no Rio de Janeiro, foi espancado porque recusou um táxi clandestino. Um dos rapazes está com suspeita de fratura de crânio, depois de ser chutado por um dos motoristas. As cenas transmitidas pelas emissoras de tevê no noticiário da noite foram chocantes. Os agressores foram presos e deverão responder pelo crime de tentativa de homicídio.

Estima-se que a cada 36 horas um homossexual é assassinado no Brasil, que está no topo do ranking dos país mais homofóbicos do planeta, seguido pelo México e Estados Unidos. Até quando? Se somos todos iguais diante de Deus e da Justiça (nesse caso, em tese), como aceitar tamanha violência?

A orientação sexual dos indivíduos não é parâmetro para qualquer julgamento. Menos ainda para tornar uma pessoa boa ou ruim. Quantos heterossexuais não estão atrás das grades pela prática de crimes hediondos? E desde quando é crime ser homossexual?

Mais grave ainda são os ataques estimulados por quem se diz pregador da palavra do Senhor Deus.
A intolerância contra os gays nada tem a ver com os ensinamentos de Oxalá ou cristãos. Resulta da perda da razão, dos sentimentos humanitários, do autoritarismo, da incapacidade de ser humano. É fruto da incompetência para a vida com toda a sua diversidade.

Circula na internet o movimento Mães pela Igualdade, que colhe assinaturas a fim de cobrar do governo federal e de todas as demais autoridades providências para coibir essa onda de violência contra os homossexuais. Confira: http://www.allout.org/pt.

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