Governo de Alagoas perde perdão pela Quebra de Xangô

Um século depois, o governo de Alagoas pede perdão aos terreiros de Umbanda e de Candomblé do estado por um dos mais emblemáticos atos de racismo e intolerância religiosa, patrocinado pelo poder público. Em 2 de fevereiro de 1912, integrantes da Liga dos Republicanos Combatentes, formada por veteranos de guerra de Canudos e políticos, sobre a liderança do sargento do Exército Manoel Paz, incitaram a população contra os principais terreiros de Xangô de Maceió. As instituições foram queimadas, depredadas e os líderes religiosos espancados. O episódio ficou conhecido como “O quebra de Xangô”.

Na tarde desta quarta-feira (1/2), às vésperas dos 100 anos da tragédia, o governador Teotônio Vilela assinou o pedido oficial de perdão, em nome da sociedade alagoana. Integrantes de casas de Candomblé e grupos culturais de origem africana tomaram as ruas do Centro de Maceió e seguiram em cortejo da Praça Dom Pedro II até a Praça dos Martírios para participar da cerimônia.

Após a passagem e revista às tropas ao lado do reitor da Universidade de Alagoasl, Jairo Campos, e da mãe Mirian, vice-presidente da Federação Zeladora das Religiões Afro-Brasileiras em Alagoas, o governador Teotonio Vilela, secretários de Estado e representantes das casas de candomblé formaram a frente de honra do evento. No discurso, o governador afirmou que o momento era para reconhecer os horrores praticados contra as religiões afro no passado.

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