Enquete: leitor quer Lei Seca mais rigorosa

A última enquete realizada pelo Blog dos Caminheiros revelou que 87% dos leitores são favoráveis à punição mais rigorosa dos motoristas que dirigem após beber bebidas alcoólicas. Mostrou que eles estão alinhados à proposta de tolerância zero a condutor alcoolizado. O impacto positivo da Lei Seca em 2008, quando a norma entrou em vigor, não avançou nos anos seguintes. Fiscalização mais frouxa, blitzes em menor número, uso do Twitter para avisar onde há barreiras policiais e o direito do condutor recusar o teste do bafômetro, amparado no dispositivo constitucional de que ninguém o obrigado a produzir provas contra si mesmo. Todos esses fatores, entre outros, contribuíram para esvaziar a Lei Seca.

Na capital do País, o número de acidentes fatais e mortes no trânsito apresentou uma redução significativa no primeiro ano após a entrada em vigor da Lei Seca. Nos anos seguintes, contudo, as estatísticas voltaram a apresentar aumento gradativo dos acidentes e óbitos.

Os números verificados no período entre 20 de junho de 2007 e 19 de junho de 2008, portanto antes da lei, foram de 462 acidentes fatais e 500 pessoas mortas. No período imediatamente seguinte à sanção da nova legislação, os acidentes passaram para 384 (redução de 16,9%) e as mortes, para 422 (queda de 15,6%). Já no segundo ano da Lei Seca, entre junho de 2009 e junho de 2010, o número de acidentes passou para 402 e o de mortes chegou a 442. Em relação ao período anterior à lei, a queda foi de 13% e 11,6%, respectivamente.

O terceiro ano posterior à nova legislação, período compreendido entre 20 de junho de 2010 e 5 de junho de 2011, foram registrados 417 acidentes fatais e 453 mortes, reduzindo os percentuais de queda em comparação ao ano anterior à lei para 9,7% e 9,4%, respectivamente.


As infrações registradas por embriaguez totalizaram 1.008 em 2007, 2.668 em 2008, 6.838 em 2009, 10.002 em 2010 e, até junho deste ano, já somam 5.127. Para o Departamento de Trânsito do DF, fatores como o aumento da frota de veículos em circulação e do número de condutores habilitados explicam o aumento nos números.

Hoje, no entanto, diante do aumento absurdo do número de acidentes letais, juristas e mesmo a Justiça avaliam a necessidade de reconsiderar alguns dispositivos da lei para torná-la mais severa contra quem não respeita a probição de dirigir após beber. Se dependesse da vontade dos leitores do Blog, as mudanças estariam em vigor. Então, se dirigir não beba. Se beber, não dirija.

Fonte: Redação com Blog com Portal Terra

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