Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial apura demolição do Berço da Umbanda


Agora: às vésperas de completar 103 anos, o Berço da Umbanda foi
demolido em 5 de outubro de 2011, para dar lugar a uma loja e um depósito

Antes: Centro Espírita Nossa Senhora da Piedade, onde
o Caboclo Sete Encruzilhadas, incorporado no médium
Zélio Fernandino, estabeleceu as bases da Umbanda
A Ouvidoria Nacional da Igualdade Racial, órgão da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Presidência da República (Seppir), abriu o Processo nº 00041.0001183/2011-65 para apurar as “as providências adequadas” em relação à demolição do Berço da Umbanda, em São Gonçalo, Rio de Janeiro, “por possuir grande valor histórico e religioso para a sociedade brasileira”. A iniciativa foi provocada pelo Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua, através de e-mail enviado à Ouvidoria Nacional, em 2 de outubro, com base em matéria publicada no Jornal Extra on-line. O processo foi aberto no dia 3, menos de 24 horas depois do comunicado dos Caminheiros às autoridades federais. Nesta segunda-feira (10/10), por e-mail, a Seppir enviou as primeiras páginas do processo para dar conhecimento aos Caminheiros de Santo Antônio das providências adotadas.

No processo, o ouvidor nacional, Carlos Alberto Júnior, pede “providências pertinentes” ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, à Prefeitura Municipal de São Gonçalo, ao Chefe de Gabinete do Ministério da Cultura e ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Apesar de ser impossível prever o desfecho ― embora o ideal seja a desapropriação da área e a restauração do Berço da Umbanda ―, ocorreu uma manifestação favorável do governo federal aos interesses dos umbandistas do país, que somam mais de 400 mil seguidores. Fundamental que haja pressão por parte dos adeptos da religião para que seja possível recuperar a área em que o Caboclo Sete Encruzilhadas, incorporado no médium Zélio Fernandino, em 15 de novembro de 1908, estabeleceu o marco da Umbanda.

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