Intolerância contra Nossa Senhora

A agressão ocorreu no município de Miracema, Rio de Janeiro

A expressão ganhou e a sua carga de negatividade se arrastou como lama da enxurrada sobre, entre outras, as questões étnicas, sexuais, religiosas, culturais. No campo religioso, ao longo da história, os dogmas estabeleceram verdades tão relativas quanto à própria fé oriunda de convicções individuais. Cerceou as liberdades e justificou — ainda hoje é motivo — para as guerras santas (se é que assim podemos qualificá-las) entre grupos e povos.
 
Em nome de dogmas e conceitos duvidosos, desencadeiam-se ações opressivas contra grupos numericamente inferiores, ou desafiam-se as potencialidades dos adversários. No Brasil, vive-se um momento semelhante. Grupos religiosos recém-criados na história do país tentam se expandir e conquistar a hegemonia por meios primitivos. 

 
Os ataques, apesar de mais agressivos contras as religiões de matriz africana, são direcionados também contra práticas seculares. Ontem (6/9), ao abrirmos a caixa de mensagens dos Caminheiros de Santo Antônio e nos deparamos com a imagem acima. Picharam uma estátua de Nossa Senhora Imaculada Conceição, ícone sagrado dos católicos e respeitado por grande parte das crenças.

 
Essa agressão soma-se a muitas outras quer exigem das autoridades públicas enérgicas medidas para coibir a fúria daqueles que desrespeitam a pluralidade religiosa que vem contaminando as relações sociais e ameaçam acirrar os ânimos. Qualquer conflito em nome da fé e a negação das crenças afro-religiosas e cristãs que propugnam pela fé entre os homens e mulheres.

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