Livros de religião pregam a intolerância

Embora a realidade revele o oposto, ainda assim é difícil relacionar religião a conflito. Não importa a vertente que ela tenha. Associamos a fé à cultura de paz, à pregação da harmonia entre os homens e aos comportamentos mais civilizados possíveis, pautados no respeito ao próximo, como ensinou o filho de Deus, Jesus Cristo (para os umbandistas, Oxalá).

Mas não é bem assim. No Oriente Médio, as religiões estão na base dos conflitos entre povos. Aqui, no Brasil, vivenciamos a chamada intolerância religiosa contra as religiões de matriz africana e o islamismo, conforme pesquisa recente realizada por uma universidade carioca.

Surpreendentemente, um estudo da Universidade de Brasília (UnB) revelou que o ensino religioso na rede pública de ensino do Brasil está contaminado pelo preconceito e pela intolerância. O estudo intitulado “Laicidade e o Ensino Religioso no Brasil” foi coordenado pela professora Debora Diniz. Foram analisados 25 livros mais usados nas escolas públicas.

Diferentemente do que preconiza a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o ensino religioso não garante “o respeito à diversidade cultura religiosa”. As publicações estimulam a homofobia; impõem o cristianismo (em especial o catolicismo); não fazem referência às religiões afro-brasileiras e indígenas; ignoram as pessoas sem religião; e estigmatizam as pessoas com deficiência. Ou seja, são um arsenal de formação para o conflito.

Não bastassem, as obras avaliadas associam o nazismo com a falta de religião e criticam o homossexualismo. Para a pesquisadora, um controle do Ministério da Educação sobre os livros de ensino religioso. Na opinião dela, as informações contidas nesses livros favorece a discriminação religiosa e interfere na formação dos cidadãos.

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