Intolerância religiosa chega ao futebol

A intolerância religiosa ganhou os gramado do campo de futebol, o esporte da preferência nacional. Às vésperas de uma das maiores festas dos católicos, parcela dos jogadores do Santos Futebol Clube, de São Paulo, se recusou a entrar no Lar Espírita Mensageiros de Luz, que há 30 anos acolhe e cuida de crianças com deficiência mental, para entregar ovos de chocolate aos meninos e meninas ali abrigados.
Entre os renomados jogadores, estava Robinho, um dos craques da Seleção Brasileira. Ele e Neymar alegaram que só souberam que era uma casa de orientação espírita quando chegaram lá.
E aí? O fato de ser uma casa espírita tira o mérito do trabalho dedicado daqueles que voltam seus esforços às pessoas portadoras de deficiência mental?
A mentalidade tacanha desses jogadores se soma a dos neopentecostais que agredidem e violentam os terreiros de umbandistas e candomblecistas país afora. Lamentável que esse jogadores não saibam, talvez porque vivam presos pelas quatro linhas do campo, que o Brasil é plural até na religiosidade do seu povo.

Comentários

salvesalve disse…
NOSSO LAR
relação de fenômenos naturais. Deparava-se-me, porém, agora, outro
sistema de verificação das faltas cometidas. Não me defrontavam tribunais
de tortura, nem me surpreendiam abismos infernais; contudo, benfeitores
sorridentes comentavam-me as fraquezas como quem cuida de uma criança
desorientada, longe das vistas paternas. Aquele interesse espontâneo, no
entanto, feria-me a vaidade de homem. Talvez que, visitado por figuras
diabólicas a me torturarem, de tridente nas mãos, encontrasse forças para
tornar a derrota menos amarga. Todavia, a bondade exuberante de
Clarêncio, a inflexão de ternura do médico, a calma fraternal do enfermeiro,
penetravam-me fundo o espírito. Não me dilacerava o desejo de reação;
doía-me a vergonha. E chorei. Rosto entre as mãos, qual menino contrariado
e infeliz, pus-me a soluçar com a dor que me parecia irremediável. Não havia
como discordar. Henrique de Luna falava com sobejas razões. Por fim,
abafando os impulsos vaidosos, reconheci a extensão de minhas
leviandades de outros tempos. A falsa noção da dignidade pessoal cedia
terreno à justiça. Perante minha visão espiritual só existia, agora, uma
realidade torturante: era verdadeiramente um suicida, perdera o ensejo
precioso da experiência humana, não passava de náufrago a quem se
recolhia por caridade.
salvesalve disse…
Nosso Lar
Acalma-te, pois. Aproveita os tesouros do arrependimento,
guarda a bênção do remorso, embora tardio, sem esquecer que a aflição não
resolve problemas. Confia no Senhor e em nossa dedicação fraternal.
Sossega a alma perturbada, porque muitos de nós outros já perambulamos
igualmente nos teus caminhos.
Ante a generosidade que transbordava dessas palavras, mergulhei a
cabeça em seu colo paternal e chorei longamente.
salvesalve disse…
Nosso Lar
- Conserve-se tranqüilo. Todas as residências e instituições de "Nosso
Lar" estão orando com o Governador, através da audição e visão a distância.
Louvemos o Coração Invisível do Céu.
Mal terminara a explicação, as setenta e duas figuras começaram a
cantar harmonioso hino, repleto de indefinível beleza. A fisionomia de
Clarêncio, no círculo dos veneráveis companheiros, figurou-se-me tocada de
mais intensa luz.
salvesalve disse…
Nosso Lar
- Recordemos o antigo ensinamento que se refere a muitos chamados
e poucos escolhidos na Terra.
E vagueando o olhar no horizonte longínquo, como a fixar
experiências de si mesmo no painel das recordações mais íntimas,
acentuou:
- As religiões, no planeta, convocam as criaturas ao banquete
celestial. Em sã consciência, ninguém que se tenha aproximado, um dia, da
noção de Deus, pode alegar ignorância nesse particular. Incontável é o
número dos chamados, meu amigo; mas, onde os que atendem ao
chamado? Com raras exceções, a massa humana prefere aceder a outro
gênero de convites.
salvesalve disse…
NOSSO LAR
- Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem
comente a própria dor. Lamentação denota enfermidade mental e
enfermidade de curso laborioso e tratamento difícil. É indispensável criar
pensamentos novos e disciplinar os lábios. Somente conseguiremos
equilíbrio, abrindo o coração ao Sol da Divindade. Classificar o esforço
necessário de imposição esmagadora, enxergar padecimentos onde há luta
edificante, sói identificar indesejável cegueira dalma. Quanto mais utilize o
verbo por dilatar considerações dolorosas, no círculo da personalidade,
mais duros se tornarão os laços que o prendem a lembranças mesquinhas.
O mesmo Pai que vela por sua pessoa, oferecendo-lhe teto generoso, nesta
casa, atenderá aos seus parentes terrestres.

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