Colaboração


Existe uma enorme diferença entre cobrar e pedir colaboração.
A Umbanda é uma religião sem preconceitos, mas que sofre pelo preconceito.
E esse sofrimento se dá pela falta de respeito em todos os sentidos e, claro, a questão mais polêmica é a financeira.Vamos começar salientando que Umbanda é caridade que não se paga, é amor que não se mede e é dedicação que não se discute.
Por isso a Umbanda ajuda, sem cobrar e nem pedir.
O que mais acontece é que quando um dirigente fala em ajuda material tem consulente que já sente um arrepio e ajuda. Entretanto, logo pensa: “Estava demorando! Eu sabia que essa coisa de umbanda é macumba mesmo! Imagina, o dirigente quer que eu pague suas contas!”, e logo vai embora falando horrores.
O problema é que este consulente esquece que ele lavou as mãos, que deu descarga no banheiro, que o chão está limpo, que as luzes estão acesas, que há velas no altar, que ele é defumado, Iimpo e irradiado pelos elementos magísticos, que existe um imóvel pelo qual se paga impostos, aluguel… Nossa, uma infinidade de coisas! E na próximo trabalho o Espaço estará lá: novamente de portas abertas com o chão limpo, as luzes acesas, velas no altar, material sendo doado as pessoas que necessitam…
Não percebe que há necessidades básicas para se realizar um trabalho espiritual e que o consulente também tem o dever de quando puder, colaborar e não de julgar. Afinal de contas ele se aproveita também do local.
Cada caso é um caso. Entretanto, qual é a porcentagem de pessoas que pedem para se beneficiarem materialmente? Logo depois, com o progresso concretizado, com qual atitude se comportam? Será que alguns poucos se lembram de quem lhes orientou? Agradecem? De que jeito?
Tudo é composto de energia. Quando uma entidade ativa um ritual magístico, com certeza sabe o que está fazendo, quais os fundamentos e elementos devem ser usados para ajudar o consulente naquele momento.
O entendimento de que a ajuda financeira ou material também pode vir da assistência, e não somente do corpo mediúnico, é necessário e deve ser encarado naturalmente sem nenhum tipo de constrangimento. Todos devem comentar sobre o assunto. Pois se não pedirem poucos colaboram, tanto o corpo mediúnico e a própria assistência.
Observem: A igreja católica pede e incentiva o dízimo com agradecimentos públicos e visitas particulares e ninguém xinga o padre.
Nos centros kardecistas as pessoas doam imóveis com muito orgulho: casas, sítios, terrenos, etc.
Os pastores desafiam os fiéis a “dar uma prova de fé” e as igrejas evangélicas estão tornando-se uma potência religiosa.
Pessoas vendem milagres a preços exorbitantes e prometem rapidez no resultado do trabalho e esses são os bons aos olhos dos clientes, pois nestes casos não existe a Vontade de Deus, nem a religiosidade. Mal sabem os que pagam por isso que realmente conseguem o que querem por terem ativado forças negativas poderosíssimas que aceitam o pagamento, mas que cedo ou tarde se voltam contra o próprio “cliente”.
E quando isso acontece, geralmente este cliente, ai sim, resolve dirigir-se a um Espaço Umbandista, procurando ajuda, sem saber o porquê as coisas estão dando errado novamente.
Tudo muito natural, não? Para eles sim, mas para os dirigentes quando há a necessidade de falar sobre colaboração, morrem de vergonha e são taxados de macumbeiros, tram­biqueiros e caras de pau.
Conclusão: o dirigente e alguns médiuns literalmente pagam para abrir as portas do Espaço Umbandista, pagam para fazer a caridade e pagam para ajudar o assistido que é o maior beneficiado.
Certas pessoas depois de satisfeitas nas orientações ou realizações, falam mal da Umbanda. Outras sem ao menos conhecer a fundo cada caso ou questão, tiram conclusões precipitadas.
Que Pai Oxalá abençoe a todos companheiros de caminhada terrena, trabalhadores da Umbanda.Umbanda que não cobra nada, mas necessita de tudo.
Necessita de ajuda, amor, dedicação e principalmente de respeito.
Paz e Luz a todos no caminho da evolução.

Fonte: Espaço Umbanda

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