Nem São Jorge escapa da intolerância

De acordo com matéria publicada na versão on-line do jornal O Globo, a proibição partiu do vice-ministro da Igreja Católica, padre Marcos Rogério Ventura, apesar de a carreata ter sido autorizada pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros. O padre teria argumentado que a carreata não poderia passar próxima à missa, que celebrava fora da igreja, na Avenida Presidente Vargas, em razão da multidão de fiéis aglomerada no local. Assim, os umbandistas foram obrigados a se deslocar até o Campo de Santana para homenagear o santo, em frente a igreja.
As homenagens a São Jorge, no Rio de Janeiro, e em vários pontos do país,em igrejas católica, não expressam a convicção dos dirigentes do Vaticano no santo padroeiro da Inglaterra, Portugal e Catalunha. Em 1969, São Jorge, como diversos outros santos, foi cassado pelo Vaticano. As homenagens a São Jorge passaram a ser opcionais nas igrejas católicas. De acordo com a história, São Jorge, guerreiro da Capadócia e militar do Império Romano, ao tempo do imperador Diocleciano, foi torturado e morto, no dia 23 de abril do ano 303 d.C, na Palestina, por ter se convertido ao cristianismo.
Mas para os Umbandistas, Ogum não é um mártir. É o orixá que, com as bênçãos de Olurum, a todos defende e protege, com seu escudo e lança. É a força do aço e do ferro que revigora a fé e o ânimo para trilhar o caminho da Umbanda Sagrada que a todos respeita, independente da raça ou credo. De acordo com as leis da Umbanda, todos, sem distinção, são iguais diante da benevolência de Olorum, cujo filho, Oxalá, deixou claro, em sua passagem pelo plano terrestre, que a ascensão aos patamares da Espiritualidade Maior é construída com paz, entendimento entre os homens e respeito ao maior dos mandamentos: “Ama a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Faça ao outro aquilo que deseja para si mesmo”.
Comentários