A ciência do futuro

Por Cairbar Schutel
Publicado em 24 de novembro de 1928


Existe ciência do passado, existe a ciência do presente, logo há de existir a ciência do futuro.
A ciência do passado não serve para o presente, assim como a do presente não podia se adaptar à do passado. A ciência do futuro também não tem lugar no presente.
“O Espiritismo será a ciência do futuro”.
Esta frase não é nossa, é a sentença de um sábio clarividente.
A dificuldade, pois, da recepção do Espiritismo pelos homens, em geral, consiste justamente nisso, em não ser ele a “ciência do presente”, mas sim a “ciência do futuro”.
Querer adaptar o futuro ao presente é a obra mais difícil que se pode tentar.
No ano de 1600 quem poderia demonstrar, mesmo aos “sábios e entendidos”, que a Terra era esférica? Quando todos julgavam-na, de acordo com a ciência daquele tempo, um grande pranchão (chato) que mantinha a humanidade e tudo que com ela vive! Haja vistas a excomunhão do frade irlandês Virgílio pelo Papa Zacarias por haver aquele afirmado a existência dos antípodas.
Em 1615 e além dessa era, por muito tempo, a ciência tinha absoluta certeza da imobilidade da Terra, chegando os grandes sábios da época a condenar Galileu e Copérnico incluindo suas obras no Índex, por haverem eles afirmado o movimento do nosso planeta.
E tudo isso por que? Porque era ciência daquele tempo a imobilidade da Terra, e ciência do futuro o seu movimento, não podendo a ciência do futuro fazer parte das ideias do passado.
Todas as novidades que nos dão comodidades e bem-estar não podiam favorecer à humanidade de outra era, que se regia pela ciência do seu tempo. Foi preciso que uma nova ciência aparecesse e se afirmasse para vir o vapor, o telégrafo, o telefone, o automóvel, a luz elétrica.
E se dissessem naquele tempo aos nossos avós e bisavós e tataravós que havia uma ciência que ensinava grandes coisas, fazia carros que se moviam por si e traziam “os cavalos dentro”, fazia luz que atravessava por um fio de cobre sem azeite, sem lenha, sem querosene, que em poucos minutos se mandava uma carta daqui à Europa, e por um fio também se conversada a 500 e mais quilômetros de distância!!!
A ciência do presente decididamente não pode adaptar-se ao passado. O Espiritismo não pode, como ciência do futuro, adaptar-se ao presente: “Vinho novo em odres velhos arrebenta o odre e entorna o vinho”.
Entretanto, como existem ainda no nosso mundo homens do passado e homens do presente, é claro que existem também homens do futuro. Para estes o Espiritismo é a ciência do presente, para aqueles a ciência do futuro, e para os demais tataravós e bitataravós também de um futuro ainda mais remoto que nem lobrigar eles podem.
De todo o modo o “Espiritismo é a ciência do futuro”, não mais deixará de ser a Ciência com todas as sua insígnias demonstrativa de imortalidade e incessante progresso para a luz e eterna felicidade.


Fonte: jornal O Clarim

Comentários

salvesalve disse…
A ciência do passado presente e futuro estão revelando-se a cada um de nós em todos os momentos e situações que vivemos no dia a dia.
Certo dia uma garota falou-me de suas preocupações em sentir-se mal por não conseguir um companheiro, vivia dando-se oportunidades e sofrendo, pedí que ela fizesse as orações do padroeiro de nossa casa Santo Antonio de Pádua.
Passaram-se uns 05 mêses, ela a Rita apresenta-se a mim dizendo tenho uma ótima notícia; em uma novena de Santo Antonio fizeram uma brincadeira, Um sorteio de um santinho chamado Santo Antonio, quando ela foi sorteada ficou muitíssimo feliz e emocionada. A mesma está gravida de 03 mêses muito feliz, alegre, radiante. Abraçou-me dizendo este Santo realmente é milagroso e poderoso.
A ciência está agindo e reagindo. Que os orixás socorram a todos nós.

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