Partilhar talvez seja o nosso desafio


O site dos Caminheiros de Santo Antônio (www.caminheirosbsb.com) guarda muitos depoimentos de pessoas que, depois de conhecer o centro, sentiram-se bem ou alcançaram a graça de ter um problema físico superado. Viram a vida melhorar. Não que tenham ficado ricas, mas revigoraram a fé e conseguiram a inspiração necessária para vencer uma ou outra dificuldade que, até então, parecia um problema insolúvel. Há histórias de irmãos que pediram a Deus e a espiritualidade por um familiar e seu clamor foi ouvido. São muitas declarações.

Precisamos dar visibilidade a esses depoimentos e, mais uma vez, mostrar que a prática da Umbanda não exige sacrifícios de animais e outros rituais. As graças alcançadas não estão condicionadas à quantidade de moedas que carrega o irmão ou a irmã que bate à porta dos Caminheiros.

Trabalha-se nos Caminheiros de Santo Antônio por responsabilidade à missão que recebemos da espiritualidade. Somos instrumentos da vontade divina, a serviço dos nossos guias e protetores que, pelos mais diversos motivos, ainda precisam esparramar sua mensagem aos espíritos encarnados [nós].

Enchemo-nos de orgulho e, principalmente, revigoramos nossa fé na Espiritualidade Maior quando alguém nos traz uma boa-nova. E diz: “Graças a Deus e ao Centro consegui vencer”. A expressão soa carregada de alegria, esconde um “muito obrigado” tímido, mas sincero.

Muitas vezes, no entanto, somos nós que, envolvidos pela timidez ou falta de coragem, não revelamos a outras pessoas a importância dos Caminheiros em nossas vidas e na daqueles que nem conhecemos direito, mas que se mostram gratos a Deus por ter conhecido o Centro.

Quando não, nos revoltamos com aqueles que, mesmo reconhecendo o valor da Casa de Antônio de Pádua, a ignoram ou a deixam depois de admitir a ajuda recebida, a graça alcançada. Será que tal reação expressa os valores cultivados pela cúpula espiritual da Casa de Antônio de Pádua? Não seria um teste da nossa capacidade de compreender que nada devemos esperar daqueles que foram beneficiados por um dom que nada nos custou e que, por missão e responsabilidade, temos que compartilhar?

Não compramos mediunidade. Não somos senhores ou donas dos espíritos. Portanto, nada podemos exigir. Então — quem sabe? —não estaríamos sendo colocados à prova na nossa capacidade de dar com a mão direita e não deixar que a esquerda veja? Ou não seria o momento de pararmos de imaginar que o jardim do vizinho é mais verde que o nosso?

Há muitas questões que exigem de nós uma reflexão. Outras nos impõem desafios. Um deles provoca a nossa criatividade para que busquemos alternativas para dar maior visibilidade aos Caminheiros e dividir, ainda mais, com outras pessoas as benesses da nossa Casa.
Creio ser essa é a graça que esperamos e que permitirá partilharmos com o desconhecido ou desconhecida o benefício que nos foi dado no momento em que nos tornamos Caminheiros.

Comentários

Anônimo disse…
Excelente mensagem que nos faz refletir, Parabens. Creusa

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