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Depoimento de fé e gratidão

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Rosane Garcia Jornalista e médium do CECSAP N ão é novidade para ninguém que sinto profundo e imensurável orgulho de pertencer ao Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua. Hoje, remexendo em arquivos, mais uma vez, constatei o quanto as entidades que chegam à casa são belíssimas e nos encorajam a seguir em frente, alertam-nos sobre a possibilidade de um passo em falso e nos apontam caminhos a percorrer. Semanas atrás, passei por todos os mentores incorporados e pedi ajuda para a  Ascap. Até então, tudo parecia muito nebuloso... As respostas aos pedidos feitos às autoridades não chegavam, o que nos deixavam angustiadas... O que falta fazer?  — uma pergunta que martelava na cabeça.  Eu não sabia mais como agir.  Eis que os pretos velhos foram taxativos: "Calma, filha. Fique tranquila, pois tudo vai dar certo". E deu mesmo. Nesta quarta-feira (10/7/2024), assinamos o segundo Termo de Fomento, com o Ministério das Mulheres, que financiará o segundo curso da Costura

Umbanda, uma fé afrorreligiosa

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Fonte: internet Cada casa umbandista tem a sua digital. Ou seja, tem seus  ritos. Em comum, a maioria cultua Zambi (Deus, o senhor do universo), Oxalá, Ogum, Oxóssi, Xangô, pretos-velhos, ibeji ou erês (crianças), Nanã, Oxum, Iemanjá, Iansã (as grandes mães), Oxumaré (senhor do arco-íris, mediador entre o céu e a terra) e Exú. A forma de tratar cada um deles difere pouco de uma casa para outra. Mas pequenos traços na forma de conduzir os rituais dão singularidade aos terreiros. Sem distinção, a Umbanda cultua divindades dos panteões dos diversos povos africanos, o que a torna uma prática afrorreligiosa. Há que insista em dizer que a Umbanda é uma religião cristã. Trata-se de um equívoco, em razão do sincretismo. A associação dos orixás aos santos católicos nada mais foi do que uma estratégia dos negros, num longo período de tempo em que os colonizadores escravistas, sob bandeiras da fé eurocêntrica, compreendiam como bruxaria qualquer outra prática de fé que não fosse católica.  Vistos

Compromisso, fé e paciência

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Congá dos Caminheiros de Santo Antônio de Pádua   Médiuns novos são plenos de ansiedade. Querem, de uma só vez, conhecer tudo que acontece na Umbanda. Tudo mesmo. Desde como lidar com Exú, sobre o qual rondam muitas fantasias, como saudar os orixás, quais pontos devem ser cantados e em quais momentos, o significado de cada um deles e, principalmente, saber qual o orixá de frente ou dono da sua cabeça.  Os novatos esquecem que tudo acontece n o seu tempo. O primeiro passo foi decidir e assumir a mediunidade. Ou seja, buscar e achar uma casa umbandista para o seu desenvolvimento e assumir, com lealdade, o compromisso com a espiritualidade. Enfim, colocar-se como instrumento das entidades espirituais que necessitam de um corpo, mente e coração para trazer suas mensagens aos encarnados.  "Eu sou filho ou filha de quem?" — é a primeira pergunta da maioria dos iniciantes. "Calma", recomendam os mais velhos. Na maioria das casas de Umbanda, não há consulta aos oráculos (bú

Na quaresma, é vida que segue na Umbanda

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Centro Espírita Caminheiros de Santo Antônio de Pádua: prece de abertura dos trabalhos espirituais A partir de amanhã, Quarta-feira de Cinzas (14/2), quando o carnaval se torna passado, prevalece a tradição: o ano só começa depois da festa de Momo. Para os cristãos católicos, os 44 dias, após quarta-feira de cinzas, é tempo de preparação para um dos momentos mais importantes, a Páscoa, que significa "renascer", ou seja, quando Jesus Cristo ressuscita, após ser crucificado, morto e sepultado. Embora a Umbanda tenha respeito aos ícones cristãos, bem como a quaisquer outras denominações de fé, os ritos após o carnaval continuam, de acordo com as práticas de casa. O respeito da Umbanda em relação ao catolicismo se traduz por meio da manutenção do sincretismo entre os orixás e os santos católicos. Mas vale lembrar que o sincretismo foi uma estratégia dos africanos escravizados de camuflar o culto às divindades da sua religiosidade — orixás (òrisà, em yorubá), nkisis (inquice, na l

O obsessor que descobriu a falsidade do médium

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HUGO LAPA Psicólogo, terapeuta de regressão, escritor e espiritualista brasileiro Num centro espírita famoso e muito frequentado, senhor Raimundo estava iniciando os trabalhos de desobsessão. Seu Raimundo, como bom doutrinador espírita há mais de 30 anos, fez uma prece de abertura e pediu a Jesus que ajudasse a libertar todos os irmãos que viessem a sala de desobsessão do sofrimento que atravessavam. Raimundo viu o médium incorporar um espírito que dizia estar no umbral, sofrendo muito por conta da raiva e mágoa que sentia de um desafeto. Senhor Raimundo iniciou então os procedimentos da desobsessão clássica e disse que o espírito deveria perdoar o desafeto, pois a lei do amor é a nossa salvação. O espírito incorporado, com olhar penetrante, disse: – E porque devo confiar em você? – Ora meu irmãozinho – disse Seu Raimundo – Estamos aqui num centro espírita, onde os ensinamentos de Jesus são praticados. Nós aqui ajudamos todos os espíritos sofredores e necessitados. – E você também ajud

Caminheiros homenageiam Oxóssi

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Neste domingo, 21 de janeiro de 2024, os Caminheiros de Santo Antônio de Pádua vão saudar as energias e as forças de Oxóssi, orixá das florestas, da caça, da fartura e da sabedoria. As homenagens a Oxóssi são as primeiras de todos anos, levando-se em conta o sincretismo religioso que, ainda hoje, perdura nos terreiros de umbanda. Ele é associado a São Sebastião, no Sudeste do país, e a São Jorge, na Bahia, que fica na Região Nordeste.  Mas venerar os orixás e agradecê-los pelas muitas bênçãos que recebemos são atitudes de todos os dias. As energias emanadas por eles e suas falanges, bem como dos nossos mentores espirituais, são o que nos permitem suportar e vencer os desafios da vida terrena, cada um com sua singularidade e campo de atuação. Um dos símbolos de Oxóssi é o arco e flecha (o ofá, em iorubá), cujo significado transcende o de capturar a caça para saciar a fome dos que sofrem pela falta de alimentos. Mas não só o alimento do corpo. A arma se presta também para abater os sofri

Adeus, 2023! Feliz seja 2024

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2023 começou com episódios brutais! Atitudes surpreendentes, que imaginávamos estar no passado. O ar foi contaminado pelo ódio, pela discórdia e pela violência desmedida, que nos retiram a condição de humano e nos transformam em seres irracionais.  Ainda que haja rajadas brutais de agressões na sociedade, hoje conseguimos enxergar espaços de tranquilidade e de mais harmonia. Voltamos a desejar, ardorosamente, paz, a tolerância e o reconhecer de que o diferente também é um igual.  A maldita peste da covid-19 está domada. A ciência e a medicina venceram o negacionismo. Podemos voltar a abraçar e beijar quem amamos; estar juntos aos que nos são essenciais, como os filhos, os pais, o companheiro ou companheira, os amigos queridos de todas horas e os colegas de trabalho, com os quais nos relacionamos diariamente.  2023 foi o ano de reencontro com a normalidade, ainda que haja atitudes desprezíveis que nos entristecem. Mas não são tão negativas como pensamos. São atos que nos fazem refletir