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Mostrando postagens de maio, 2011

Teatro: Céu e inferno na consciência

Crianças, jovens, adultos e idosos. Esse público heterogêneo, somando cerca de 50 pessoas, ocupou, sábado último, os bancos de madeira pintados de branco do Centro Espírita São Sebastião Mártir, na 3ª Avenida do Núcleo Bandeirante. Não era mais uma sessão de doutrina ou de passes espirituais. Uma jovem elegante convida todos para uma prece. Palavras eloquentes dirigidas ao Criador contagiam o ambiente e dão um clima solene ao espaço. Ela   agradece a oportunidade, a existência da casa acolhedora e a presença da pessoas ali reunidas. Reforça a necessidade de agradecermos sempre a Deus por tamanha bondade ao permitir aquele encontro. Por pouquíssimos segundos, as luzes são apagadas. Apenas uma luz negra fluorescente permite enxergar a silhueta daqueles que se colocam à frente. Uma voz, na coxia do palco improvisado, anuncia o início do espetáculo, que tratará da vida e da morte; e do céu e do inferno, um estado consciente. Os textos inspiradores são da obra de Allan Kardec, o codificad

Ensinando a cooperar

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Na nobre tarefa de educar os filhos, é muito comum vermos os pais pouparem as crianças e jovens de colaboração na manutenção da organização e limpeza do lar. Não nos passará pela mente, em realidade, que os pequenos ou jovens devam, quando não houver necessidade, ser postos para que realizem trabalhos pesados, que lhes absorvam as horas de estudo e aprimoramento de si mesmos. Invocamos as possibilidades de aprenderem a arte de auxiliar, de prestar colaboração, o que, a cada dia, se torna mais raro. São muitas as mães que se transformam em serviçais de seus filhos, não para que cresçam, mas, para que se encharquem nos caldos de terrível egoísmo, sem que aprendam, nos dons do amor, a se fazerem úteis. Onde o problema de ensinar-se aos pequenos a esticar a cama donde se levantaram? Onde a dificuldade de fazer-lhes atender a essa ou àquela pequena higiene doméstica? Onde a impossibilidade de que aprendam a pregar um botão ou costurar uma bainha? Como ignorar que é importante para os jovens

Salários

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Em certa passagem do Evangelho, narra-se uma pregação de João Batista. A multidão interage com o profeta e lhe pede orientações. Em dado momento, alguns soldados perguntam o que devem fazer. João lhes responde que devem contentar-se com o seu soldo e não tratar mal ou defraudar a ninguém. Essa frase tão concisa mostra grande sabedoria. Muita gente se perde em tortuosos labirintos por não entender os problemas da remuneração na vida comum. A busca de ganhos cada vez maiores pode fazer com que a pessoa esqueça os deveres que justificam seu salário atual. Por se sentir injustiçada, arde em inveja de quem ganha mais. Há operários que reclamam a remuneração devida a altos executivos. A ganância costuma lançar um véu sobre a realidade e o ganancioso tudo vê sob uma ótica particular. Ele sempre encontra uma forma de comparar sua situação com a dos outros, em seu favor. Entretanto, não examina seriamente as graves responsabilidades que repousam sobre os ombros dos homens altamente colocados. M

Por que se atrasa?

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Era uma tarde de domingo e o parque estava repleto de pessoas que aproveitavam o dia ensolarado para passear e levar seus filhos para brincar. O vendedor de balões havia chegado cedo, aproveitando a clientela infantil para oferecer seu produto e defender o pão de cada dia. Como bom comerciante, chamava atenção da garotada soltando balões para que se elevassem no ar, anunciando que o produto estava à venda. Não muito longe do carrinho, um garoto negro observava com atenção. Acompanhou um balão vermelho soltar-se das mãos do vendedor e elevar-se lentamente pelos ares. Alguns minutos depois, um azul, logo mais um amarelo, e finalmente um balão de cor branca. Intrigado, o menino notou que havia um balão de cor preta que o vendedor não soltava. Aproximou-se meio sem jeito e perguntou: Moço, se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros? O vendedor sorriu, como quem compreendia a preocupação do garoto, arrebentou a linha que prendia o balão preto e, enquanto ele se e

Religião, uma visão critica

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  Aramaty Discípulo de Yamunishida Arhapiagha Religião, como defini-la ? Segundo os dicionários ela pode ser :culto prestado a uma divindade; crença na existência de um ente supremo como causa, fim ou lei universal, conjunto de dogmas e práticas próprias de uma confissão religiosa, a manifestação desse tipo de crença por meio de doutrinas e rituais próprios, crença, devoção, piedade, reverência às coisas sagradas. Todos temos uma definição pessoal sobre Religião e entendo que todas são importantes e válidas, mas gostaria de proporcionar, inclusive a mim mesmo, alguns momentos de reflexão. De uma forma ou de outra, buscamos a Religião como meio de satisfazer alguma necessidade, que pode se enquadrar em diversos âmbitos, por exemplo o material, o afetivo,espiritual, entre tantos. As Religiões hoje existentes nos respondem, satisfazendo nossas necessidades, de acordo com sua metodologia de trabalho, criando em nós ilusão, expectativa, conformismo, satisfação etc. Nós aceitamos o

Deus ordena a violência doméstica?

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"Não apenas Deus autoriza o uso da força física contra a mulher, como o exige, dentro do matrimônio, para uma união harmoniosa e feliz. Aquele que advoga contra Cristo é a expressão do próprio Satã. Não acrediteis na palavra dos caluniadores. Hoje o homem vive sob o jugo das mulheres (não temos uma "presidenta"?). Esta condição exige libertação.", escreve o ministro eucarístico da Igreja do Primeiro Impacto Clodoaldo Malafaia no artigo intitulado "O mito da violência contra a mulher", publicado no blog igrejadoprimeiroimpacto.blogspot.com. Não dúvida que o pastor, com amplo espaço na mídia, incita a violência contra as mulheres. Diz ele que para que a união de um casal seja harmoniosa e feliz, Deus autoriza a força física contra a mulher. Deus autoriza? Que Deus é esse que prega a violência? Que Deus é esse que associa harmonia e amor ao uso da força física para que um matrimônio seja feliz? Reveste-se de enorme gravidade o artigo do pastor. Trata-se d

Adiada a marcha contra a intolerância

A Marcha Nacional contra a Intolerância Religiosa, marcada para 25 de maio, foi adiada. Os organizadores informaram que uma nova data será definida e todos os interessados serão avisados.A manifestação seria uma resposta da religiodade afro aos continuados ataques que os terreiros de Umbanda e Candomblé têm sofrido nos últimos anos, principalmente por parte dos neopentecostais, apoiados, em algumas cidades brasileiras, pelas forças de segurança do Estado. Mais recentemente, as mulheres negras foram associadas à promiscuidade por um deputado federal. Em seguida, outro parlamentar da Câmara dos Deputados referiu-se aos negros como um povo amaldiçoado. Todas essas manifestações de violência mostram o quanto o racismo é algo vivo na sociedade brasileira. Vários grupos em diferentes cidades brasileiras criaram comissões contra a intolerância religiosa. A tolerância é suportar ou aceitar mesmo contra a própria vontade algo ou uma situação. Mas não é isso que a religiosidade afro deseja

HOJE É DIA FESTA. SALVE OS PRETOS VELHOS

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Leia mais sobre essa maravilhosa falange da Umbanda na matéria abaixo

Salve os pretos velhos

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Os Caminheiros de Santo Antônio de Pádua, neste domingo (15/4), vão saudar todos os pretos e pretas velhas. Em uma concepção generalizada, essa maravilhosa falange que chega aos terreiros de Umbanda seria formada por espíritos dos negros escravos. Depois de enfrentarem no plano material extremo sofrimento, ao desencarnarem, eles se tornaram espíritos iluminados, que brindam a todos nós com suas mensagens e ensinamentos. Habilidosos, eles têm domínio sobre a aplicação das ervas, conhecem as energias dos elementos natureza e muita sabedoria acumulada no ambiente rude das senzalas e os conhecimentos trazidos de mãe África. Da mesma forma, como seres que encarnaram e enfrentaram as mais espinhosas adversidades, os pretos e as pretas velhas são expressão de fé incontestável. Conhecem as energias dos orixás e sabem como tratá-las em favor daqueles que chegam pedindo-lhes ajuda e misericórdia. Por meio das baforadas de fumaça que sai do cachimbo, das rezas e dos pontos entoados, os preto