Depoimento de fé e gratidão
Rosane Garcia Jornalista e médium do CECSAP
Semanas atrás, passei por todos os mentores incorporados e pedi ajuda para a Ascap. Até então, tudo parecia muito nebuloso... As respostas aos pedidos feitos às autoridades não chegavam, o que nos deixavam angustiadas... O que falta fazer? — uma pergunta que martelava na cabeça. Eu não sabia mais como agir.
Eis que os pretos velhos foram taxativos: "Calma, filha. Fique tranquila, pois tudo vai dar certo". E deu mesmo. Nesta quarta-feira (10/7/2024), assinamos o segundo Termo de Fomento, com o Ministério das Mulheres, que financiará o segundo curso da Costura Social e — agora não tenho dúvidas — capacitará pelo menos 90 mulheres a se inserirem no mercado de emprego formal, ou ter uma atividade rentável, trabalhando em casa. Parece um resultado tímido. Mas não é. Vale o velho adágio: "Para quem nada tem, a metade é o dobro".
Nos últimos meses, depois do primeiro curso de costura básica, notamos que o afluxo de mulheres em busca de cesta básica na Ascap caiu muito. Não há uma demanda mensal por alimentos como no passado. Um belíssimo sinal de que boa parte, hoje, tem alguma fonte de renda para comprar o que gosta de comer. Uma constatação fantástica, que sinaliza que conseguimos, ainda que não seja o máximo que desejamos oferecer à comunidade, dar um largo passo para atingir os objetivos da instituição.
Temos consciência de que a trajetória é longa. Mas as entidades da nossa casa têm nos contemplado com as energias da persistência para ganharmos fôlego a cada momento, sobretudo, quando nos deparamos com a resposta "isso não é possível". Sabemos que tudo é possível quando somos amparados pela espiritualidade para vencer ou contornar o obstáculo que nos impõem.
Hoje, quero, publicamente, manifestar a minha gratidão e a inabalável fé na egrégora dos Caminheiros de Santo Antônio de Pádua, e a todos os irmãos e irmãs da casa que dão musculatura ao braço social dos Caminheiros. O nosso sonho ainda não está concretizado, mas acredito profundamente que chegaremos à Casa da Mãe Solteira, como sonhou Antônia Lins, fundadora dos Caminheiros.
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