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Mostrando postagens de abril, 2017

Em maio, saudaremos os pretos-velhos

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Chegamos à última semana de abril.   A partir de segunda-feira próxima, entramos em contagem regressiva para a festa de Preto Velho   — Adorê as almas! — uma das mais belas falanges da Umbanda. Ela é traz para mais perto de todos a relação com a nossa ancestralidade, com as tradições de matriz africana, que se traduz pelas diferentes origens dos pretos e preta velhas. Identificamos essas diferenças nos próprios nomes que eles assumem no terreiro: Maria Conga, Pai Benedito de Angola, Pai Guiné, Vovó Cambinda (ou Cambina), Vovó Maria da Bahia... São muitos e não saberíamos precisar — nem sabemos se é possível — quantos existem. Mas temos convicção de que eles estão nos terreiros de Umbanda, como referência de sabedoria, humildade, serenidade, magia, resignação, amor, caridade. Têm uma capacidade, como poucos de ouvir, e, para muitos, são os psicólogos da espiritualidade que colaboram para que as pessoas consigam superar as próprias dificuldades ou encarar, de forma diferente, as di

A diferença entre incorporação na umbanda e transe de orixá

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Embora haja muitos pontos comuns que unem umbandistas e candomblecistas, como o tambor, as ervas, o dendê, a fé em Zambi e nos orixás, que correspondem aos elementos da natureza, nem todos os adeptos da Umbanda conseguem compreender as nossas diferenças — a maior delas é o abate de animais, algo que não existe na Umbanda.  Do lado de lá, as dificuldades também são grandes, embora, boa parte dos terreiros de candomblé tenha um cantinho reservado para recepcionar os caboclos, pretos-velhos e crianças que incorporam na Umbanda. Esse desencontro sempre me incomodou. Afinal, estamos todos no mesmo barco nessa trajetória terrena. Hoje, como no passado, navegamos em águas turbulentas ante a intolerância religiosa e o racismo dos neopentecostais, que satanizam a nossa fé, ou seja, mais um ponto de convergência entre umbandistas e candomblecistas. Ainda assim, falta união e não temos compreensão dos fenômenos distintos que ocorrem nas duas práticas: umbanda e candomblé. Há algum tempo, bu

SALVE OGUM!

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ESTE domingo (23) é dia de festa nos Caminheiros de Santo Antônio de Pádua. É dia de saudar Ogum! Ogunhê!!! A partir das 19h30, a casa homenageará Ogum, o senhor do ferro, da guerra,  dos caminhos, o vencedor de demanda. Você, familiares, amigos e frequentadores estão convidados a compartilhar deste momento conosco, para expressar gratidão, fé e alegria. Entre os orixás da Umbanda, ele é um dos mais populares  e está associado a São Jorge, ex-santo católico, venerado por milhões de pessoa em todo  o mundo.  São Jorge foi cassado em 1969, pelo então papa Paulo VI, mas os católicos ignoraram a decisão papal e se mantiveram fiéis a Jorge. Hoje, Ogum ou São Jorge será festejado nas casas de Umbanda e nas igrejas na maioria dos estados. Na Umbanda, essa ligação se deve ao sincretismo, uma estratégia dos escravos para fugir da perseguição dos escravocratas, que rechaçavam com violência quaisquer outras práticas religiosas que não fossem  a católica. Ogum, na verdade, integra o p