Mortes coletivas, a dor em Luziânia
Mais uma vez a imprudência e a irresponsabilidade provocaram o desencarne de quatro crianças, uma adolescente e dois homens. Todos integravam a mesma família. A tragédia ocorreu no último sábado, no lago de Corumbá 3, no município de Luziânia (GO), a cerca de 100km de Brasília. Uma canoa motorizada, com capacidade para cinco pessoas, transportava 11 passageiros, dos quais apenas uma tinha colete salva-vidas e duas sabiam nadar. As olhos de quem está distante da cena, o desfecho não poderia ser outro: a embarcação afundou.
Por mais tensa e sofrida que seja a
situação, o Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ensina que o desencarne
coletivo "ocorre porque um grupo ou grupos de espíritos comprometidos com
um mesmo débito ou com débitos semelhantes, em reencarnações pregressas, se
associam, ainda na espiritualidade, antes do renascimento, com a finalidade de
realizar 'trabalho redentor em resgates coletivos'".
"Por estar relacionado a
experiências evolutivas, o desencarne coletivo é previsto por entidades
benfeitoras espirituais, que acolhem os desencarnantes imediatamente, muitas
vezes em postos de socorro por eles montados através da vontade/pensamento, na
própria região da catástrofe ou desastre." O resgate de nossas ações contrárias
à Lei Divina, ao bem e ao amor, pode ocorrer de várias formas, inclusive
coletivamente.
Refletir sobre o ensinamento
oferecido pelo codificador do Espiritismo não elimina a dor de quem perdeu os
entes querido. Permite, contudo, uma compreensão melhor do fato que, segundo a
espiritualidade, foi previamente combinado por aqueles que, a nosso ver,
partiram de maneira brutal.
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