Afroreligiosos promovem ato público hoje na Câmara contra o racismo

Afroreligiosos, representantes de movimentos negros, de direitos humanos e de instituições contrárias ao racismo e à homofobia farão uma manifestação na Câmara dos Deputados. O slogan é “Fora Bolsonaro” e também o deputado Marco Feliciano. Os dois deputados protagonizaram, na semana passada, cenas reprováveis de racismo, preconceito e homofobia. Jair Bolsonaro (PP-RJ) associou as mulheres negras à promiscuidade, a participar de uma entrevista no programa CQC, da Rede Bandeirante, levada ao ar dia 28 último. O pastor evangélico e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) garantiu, por meio de mensagem no Twitter, que os negros são “amaldiçoados”.

Os manifestantes vão cobrar da Câmara dos Deputados uma tomada de posição contra os dois parlamentares que ofenderam toda a população negra do país, que hoje soma pouco mais de 51% dos 190 milhões de brasileiros. A mesma Constituição de 1988 que assegura a liberdade de expressão tornou inafiançável o crime de racismo.

Para os movimentos sociais e afroreligiosos as imagens da televisão e o texto capturado no Twitter não deixam dúvida que Bolsonaro e Feliciano ― com o agravante de serem legisladores ― ignoraram os ditames constitucionais e toda a legislação infraconstitucional que condena e prevê punição para os atos de racismo e preconceito.

Em Brasília, a manifestação está sendo coordenada pelo Fórum Religioso Permanente Afrobrasileiro do Distrito Federal e Entorno (Foafro), que ontem emitiu um alerta a todos os adeptos das religiões de matriz africana e também aos veículos de comunicação para o ato público que terá início às 13h.

Mas as manifestações não irão parar aí. A Rede Afrobrasileira Sociocultural, com apoio do Centro de Tradições Afrobrasileiras (Cetrab), lançou a convocação para a Marcha Nacional contra a Intolerância, marcada para 25 de maio. Representantes dos movimentos afroreligiosos, de direitos humanos, contra a homofobia, o preconceito, entre outros, estão sendo convidados a estar em Brasília daqui a pouco mais de um mês para expressar sua indignação e cobrar do Congresso Nacional e das autoridades do Poder Judiciário o cumprimento das leis que proíbem esses ataques ao negros e negras do país.

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